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Revelado pelo São Paulo em 2008 e emprestado ao Los Angeles Galaxy na temporada de 2010, o meia Juninho é hoje uma unanimidade na MLS, principal liga de futebol dos Estados Unidos. Com dois títulos nacionais conquistados, 173 jogos disputados e 18 gols marcados em 14.390 minutos em campo pela franquia da Califórnia, o brasileiro, natural de São José dos Campos, interior de São Paulo, é dono dos principais números do campeonato americano e deixa pra trás nomes conhecidos internacionalmente como Kaká, Giovinco, Robbie Keane, Dempsey e Oba-Oba Martins.
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Em entrevista exclusiva ao R7, o jogador de 26 anos de idade abriu o jogo sobre a evolução do futebol nos Estados Unidos e também sobre o sonho de jogar pela seleção. No caso dele, contudo, a ideia não é fazer parte do elenco do técnico Dunga, mas sim do time dos melhores jogadores norte-americanos
Reportagem: Luiz Teixeira, do R7Getty Images
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Em seis temporadas jogando a MLS, de 2010 a 2015, Juninho conquistou cinco títulos, sendo um dos principais jogadores em todos eles. O brasileiro foi bicampeão da MLS em 2011 e 2012, faturou a Desert Diamon Cup em 2012 e dois troféus da MLS Supporters' Shield, que é o título recebido pela franquia que alcança o maior número de pontos durante a temporada regular da MLS, de turno e returno.
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O desempenho regular de Juninho desde a estreia na MLS fez com que seu nome fosse especulado com frequência pela imprensa do País como possível reforço para a seleção americana de futebol. A chance de se naturalizar, apesar de muito grande, só poderá acontecer em 2017Getty Images
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Com o green card em mãos, que o permite trabalhar em solo americano, Juninho, que já visitou Barack Obama em duas oportunidades na Casa Branca, por conta dos títulos nacionais, espera agora mais dois anos para conseguir, enfim, o sonho de poder defender a seleção dos Estados Unidos.
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— Sim, procede (a chance de jogar pela equipe americana). Eu tenho esta grande possibilidade em vista. Hoje me sinto muito mais próximo da seleção americana do que da brasileira. E, como um atleta profissional, pretendo almejar coisas ainda maiores na minha carreira, por isso sigo sonhandoReprodução/Facebook
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Apesar de pouco conhecido no futebol brasileiro, Vítor Gomes Pereira Júnior, o Juninho, é tratado como uma celebridade na Califórnia. E não é por menos. Em uma liga como a MLS, que apesar de nova já tem craques como Kaká, Giovinco e Oba-Oba Martins, o meia do Los Angeles Galaxy supera todos eles em regularidade, partidas disputadas, assistências e passes certos. E em alguns casos, mesmo jogando no meio de campo, Juninho está a frente de alguns craques até mesmo em gols marcados.
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— Sou um jogador que sei das minhas funções em campo. Graças a Deus venho numa crescente muito boa nesta temporada e espero manter esta regularidade até o final dela — disse o meia brasileiro, que atuou em todos os 20 jogos da equipe nesta temporada, marcou quatro gols e deu três assistênciasReprodução/Facebook
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Acostumado a jogar ao lado de grandes craques, Juninho se diz pronto para receber Steven Gerrard, novo reforço da franquia de Los Angeles para a próxima temporada e terceiro designated player (jogadores com salários acima do teto permitido pela Liga) da equipe. Ex-companheiro de Landon Donovan, maior jogador da história dos Estados Unidos, e de David Beckham, que sempre rasgava elogios ao brasileiro, o meia não acredita que o LA Galaxy traga algum reforço brasileiro de peso, como Ronaldinho Gaúcho, pelo menos nos próximos meses.
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— Já temos 2 DP (designated player) na equipe, que são Keane e Gonzales. O terceiro é o Gerrard, que chega ainda este mês. Com isso, a possibilidade de ter um DP brasileiro são remotas mais nunca se sabe o que pode passar numa liga em crescimentoReprodução/Facebook
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Juninho também falou sobre o caso de corrupção na Fifa, que acabou envolvendo a CBF e a Justiça dos Estados Unidos. Segundo o jogador, a investigação americana não atinge o futebol local e a MLS prefere não se intrometer.
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— Todos por aqui souberam do escândalo que foi esta descoberta da corrupção na FIFA e na CBF, mas eles preferem não dar muita atenção a isso, pois o FBI vem cuidando do caso. A Liga local não tomou nenhuma posição sobre caso, já que não tem nada referente a elaReprodução/Facebook
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Ainda em cima do caso de corrupção da Fifa, que envolveu também a Conmebol, Juninho falou sobre a possibilidade da criação de uma nova Liga das Américas, formada por clubes que assumiriam a responsabilidade de criar um torneio com todos os times do continente durante a temporada. Para o jogador do Galaxy, porém, a chance do projeto sair do papel é mínima.
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— Na minha opinião acho que não há chances de isso acontecer pela distância entre os países e também por já disputarmos a ConcacafGetty Images
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Se a corrupção da Fifa não é algo que atraia muita a atenção dos atletas da Liga Americana, o mesmo não pode ser dito sobre o crescimento da MLS no cenário futebolístico mundial.
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— Os americanos sabem sim do crescimento a cada ano que a liga vem tendo e não é a toa que eles continuam investindo ainda mais aqui, trazendo jogadores renomados para ter uma maior visibilidade também. Eu, como brasileiro vivendo aqui nos EUA, fico um pouco fora do tamanho da proporção que a liga vem tomando, nada melhor do que vocês aí no Brasil para dizerem sobre o assuntoGetty Images
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Quando o assunto é vida pessoal, Juninho se diz mais satisfeito do que dentro de campo. Morando há cinco anos na Califórnia, o jogador está totalmente acostumado com tudo que acontece nos Estados Unidos.
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— Minha família e eu já estamos totalmente adaptados a cidade. Desde da nossa chegada a LA, fomos muito bem recebidos por todos. Meu filho nasceu aqui e isso faz com temos ainda mais carinho pela cidadeReprodução/Facebook
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Sobre saudades do Brasil, Juninho se apega as novas tecnologias para tentar amenizar a distância de seus familiares, principalmente com o irmão Ricardo Goulart, que atualmente está jogando no Guangzhou Evergrande, do futebol Chinês.
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— Hoje em dia a tecnologia nos proporciona uma comunicação muito fácil com o Brasil, de vários modos. Sempre estamos em contatos com todos por lá. Até mesmo com a China, com meu irmão, tenho me comunicado com mais frequência, apesar do fuso horárioReprodução/Facebook
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Sobre gostos pessoais, o meia do Los Angeles Galaxy disse que tudo mudou bastante nos Estados Unidos, principalmente quando o assunto é música.
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— Como brasileiro, gosto muito de um samba e pagode, mas, com a vinda para os EUA, comecei a apreciar muito o hip-hop. Sobre a questão comida, nunca foi um problema para minha família, até porque minha esposa cozinha e a facilidade de encontrar comida brasileira por aqui é bem fácil e acessívelReprodução/Facebook
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Fanático por futebol desde menino, Juninho se tornou fã de outros esportes ao desembarcar nos Estados Unidos. Há quase cinco anos na terra do Tio Sam, o brasileiro já adotou alguns times do coração na NBA, na NHL e também na MLB.
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— Morando aqui você acaba aprendendo e optando por outros esportes como moro em LA sempre que tenho um tempo livre acostumamos ir apoiar as equipes locais como o Lakers , Angels e os LA kings. Queira ou não, você aprende e vive a cultura do paísGetty Images
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Por fim, Juninho abriu o jogo sobre a possibilidade de um dia retornar ao futebol brasileiro. Apesar de nunca ter atuado em uma partida oficial pelo São Paulo, clube que o revelou para o futebol, o meia defendeu as cores do Toledo, do Paraná, em 2009, antes de se transferir para os Estados Unidos, e não descartou voltar ao país natal.
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— Como todo profissional deixo meu futuro em aberto. Sei do que posso almejar, venho fazendo meu trabalho por aqui e, caso pinte uma proposta convincente que me faça voltar, iremos analisar e tomar uma decisão.
Com 28 pontos conquistados, o Los Angeles Galaxy ocupa atualmente a quarta posição da Conferência Oeste e está na zona de classificação para os play-offs, atrás apenas do líder Vancouver Whitecaps, o vice Seattle Sounders e do terceiro colocado Portland Timbers.Getty Images