Eles chegam com status de intocáveis, soluções de todos os problemas, mas, nos últimos tempos, é difícil encontrar um que realmente tenha dado certo. A saída do técnico Juan Carlos Osorio do São Paulo só engrossa a lista dos estrangeiros que não corresponderam no futebol brasileiro. O colombiano teve um aproveitamento ruim, fez algumas invenções com as peças questionáveis que tinha, brigou com a diretoria e se sentiu tentado a dirigir a seleção mexicana em sua curta passagem pelo Tricolor.
Veja mais exemplos de treinadores estrangeiros que deixaram a desejar no futebol brasileiro
Levi Bianco/Estadão Conteúdo
O Internacional foi semifinalista da Copa Libertadores com Diego Aguirre. Friamente, não chega a ser uma campanha ruim, mas a diretoria colorada queria mais e acabou demitindo o uruguaio. A equipe focou tanto esforço na competição continental que chegou a sofrer no Campeonato Brasileiro de 2015 e viu seu treinador ir embora
Lucas Uebel/Getty Images
O próprio Inter já havia se dado mal com um uruguaio. Jorge Fossati não
convenceu a diretoria do Colorado nos três meses em que comandou o
time em 2010. Tarimbado pelo título da Sul-Americana com a LDU no ano
anterior, Fossati chegou com pompa ao Beira-Rio, mas acabou demitido pouco
depois mesmo com a vaga garantida na semifinal da Libertadores
Gazeta Press
A grande aposta do Palmeiras para técnico no meio de 2014 não deu certo. Ricardo Garecadeixou o Verdão após um aproveitamento pífio que certamente rebaixaria o clube no Brasileirão
Gazeta Press
Nos últimos anos, outros
treinadores estrangeiros passaram pelo País e não obtiveram sucesso. Também
argentino, Daniel Passarella foi um deles. O técnico foi contratado pelo
Corinthians para comandar um elenco estrelar em 2005, mas deixou o Parque São
Jorge 15 jogos depois e uma acachapante goleada para o rival São Paulo, 5 a
1, em pleno Pacaembu
Gazeta Press
A passagem de Lothar Matthäus pelo
Atlético-PR entre janeiro e março de 2006 foi ainda mais vergonhosa. Após oito
jogos, seis vitórias e dois empates, o alemão abandonou o clube estranhamente sem
dar satisfação e nunca mais voltou. Durante a Copa do Mundo no Brasil, Matthäus
assumiu ser este o único arrependimento de sua carreira
Reprodução/fifa.com
Juan Ramón Carrasco durou mais
tempo na Arena da Baixada. O uruguaio deixou o Atlético-PR em 2012 após 36
jogos em que acumulou 22 vitórias, sete derrotas e sete empates: um
aproveitamento de 67,6%
Divulgação
O Furacão tentou
outro estrangeiro, desta vez, o espanhol Miguel Ángel Portugal. Outra passagem
lamentável. Chegou em janeiro de 2014 e pediu demissão em maio após um empate
em casa com a Chapecoense, pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro. Ao todo,
comandou o Atlético-PR em 13 partidas, com 5 vitórias, 2 empates e 6 derrotas
GERALDO BUBNIAK/Gazeta Press
O argentino Daniel Passarela foi a aposta do Corinthians em 2005, quando a MSI assumiu o futebol do clube. O treinador, no entanto, não durou nem até a metade do ano, foi goleado pelo São Paulo por 5 a 1 e se despediu do Timão de forma vergonhosa
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Darío Pereyra até foi bem no São
Paulo, clube onde iniciou sua carreira de treinador, no entanto, depois que
deixou o Morumbi viajou o Brasil sem sucesso. No Corinthians (foto), por
exemplo, onde trabalhou em 2001, foram apenas seis partidas. Após a morte de
sua esposa, em 2004, abandonou a carreira que só foi retornada em 2012. No
início deste ano dirigiu o Águia de Marabá no Campeonato Paraense
Gazeta Press
Excepcional com jogador, o
colombiano Rincón ainda não conseguiu obter o mesmo sucesso no banco de
reservas. Começou treinando o Iraty-PR, em 2006. Passou também por São Bento-SP,
São José-SP, Flamengo-SP e o sub-20 do Corinthians