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Depois de pouco mais de três meses do fim da Copa do Mundo, muitos devem se perguntar como estão as arenas utilizadas no torneio do Brasil. Entre estádios particulares e elefantes brancos, a dúvida era se as arenas continuariam com a qualidade apresentada durante o Mundial. Em outubro de 2014, algumas seguem impecáveis, enquanto outras já dão sinais de decadência na estrutura. Veja tudo a seguir
Vídeo: Defesa sólida e Neymar goleador são os destaques da nova Era DungaMontagem/R7
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O Maracanã foi o estádio mais utilizado desde o término da Copa. Muito porque Fluminense, Flamengo e Botafogo não têm uma casa e mandam quase todos os seus jogos no palco da final do Mundial. De 13 de julho (data da decisão) até aqui, foram 30 partidas no Maraca, com média de público de cerca de 21 mil pagantes. Na estrutura, as arquibancadas continuam com a mesma cara, mas o gramado já dá mostras de desgaste, com falhas nos gols e a grama longe do estado ideal
Reprodução/Facebook
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A Arena Pantanal, ao contrário do Maracanã, sofre coma falta de grandes clubes em Cuiabá, cidade onde está localizada. Mesmo assim, o local, considerado um dos elefantes brancos construídos para a Copa, recebeu 14 jogos de clubes de outras regiões que tiveram mandos caçados pelo STJD. A última partida foi entre Corinthians e Vitória pelo Brasileirão, com o Timão sendo dono da casa. Apesar da quantidade de jogos, a Arena não tem uma boa média de público, com pouco mais de 10 mil torcedores. O gramado ainda está em boas condições, mas sofre com o alto calor do Mato Grosso
Getty Images
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Em Natal, a Arena das Dunas vem se virando bem para se manter "ativa". Tanto ABC como América-RN já mandaram jogos no local e a ajuda de outros times do País também tem colaborado. Com o gramado em bom estado, foram 21 jogos desde a Copa do Mundo, tendo média de público de aproximadamente 10 mil pessoas por partida
NUNO GUIMARÃES/Gazeta Press
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O Beira-Rio tem dono, e o Internacional não deixa que o local fique "às moscas". Desde de o Mundial do Brasil, o estádio foi palco de 12 partidas do Colorado, com média de público de mais de 20 mil torcedores. Tanto a arquibancada quando o gramado continuam impecáveis
Luiz Munhoz/Gazeta Press
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Palco do vexatório 7 a 1 do Brasil, o Mineirão segue bem ativo depois da Copa e com o campo ainda em bom estado. De lá para cá, foram 14 jogos, a maioria mandada pelo Cruzeiro. A média por partida tem sido de quase 30 mil pagantes
DJALMA VASSÃO/Gazeta Press
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A Arena Pernambuco não tem tido vida fácil depois do Mundial. O motivo é que tanto Sport como Nautico seguem mandando alguns jogos em seus estádios "originais": Ilha do Retiro e Aflitos, respectivamente. Mesmo assim, foram 17 jogos por lá nesses três meses, com média de público de pouco menos de 10 mil torcedores. O gramado, que já esteve em bom estado, anda castigado depois da Copa do Mundo
Otávio de Souza/Gazeta Press
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O Mané Garrincha, estádio mais caro da Copa do Mundo, é um fracasso depois do torneio. Isolado em um Estado (Distrito Federal) sem tradição e grandes clubes no futebol, o local só recebe partidas, raramente, de times do Sudeste, única alternativa para movimentar a arena. Até aqui, foram apenas quatro jogos em três meses, com média de 20 mil pagantes, o que não está longe de justificar toda a grana gasta por lá. Mesmo sem partidas, o estádio também anda castigado no gramado graças ao clima quente e seco da região
DJALMA VASSÃO/Gazeta Press
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A Arena Amazônia sofre tanto quanto o Mané Garrincha por não ter como se manter após a Copa do Mundo. Desde que o torneio terminou, foram só três jogos, média de público pouco mais de 20 mil. O gramado, pelo que podê ser visto no jogo Botafogo x Corinthians, está em estado vergonhoso, com areia e buracos nas duas áreas
Divulgação
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Assim como o Beira-Rio, a Arena da Baixada é particular e pertence ao Atlético-PR. Depois do Mundial, o estádio recebeu 11 jogos do Furacão, com média de pouco menos de 20 mil torcedores. Gramado e arquibancada continuam em ótimo estado, como sempre aconteceu com o local, até mesmo antes de ser escolhido como uma das 12 sedes
Divulgação
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A Fonte Nova foi totalmente demolida e reconstruída para a Copa do Mundo. O estádio do Bahia ficou com a mesma cara que tinha antes, mas ganhou um visual mais moderno. Para o torneio de seleções, uma pequena arquibancada móvel foi construída atrás de um dos gols, mas já foi retirada pelo clube, deixando o espaço para a montagem de palcos e tentas em eventos. Com um bom gramado, a arena recebeu cerca de 15 mil pagantes em cada um dos 13 jogos que teve nesses três meses
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O Castelão recebeu dois jogos do Brasil na Copa do Mundo — contra México na primeira fase e Colômbia nas quartas de final. Depois de julho, Fortaleza e Ceará voltaram a usar o estádio, que continua com uma bom gramado e recebeu 15 jogos, com média de 18 mil torcedores por partida
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A Arena Corinthians, velho sonho da Fiel, saiu do papel graças ao oportunismo do clube com a Copa do Mundo. Para receber a abertura do torneio, o Timão teve que ceder à regra da Fifa que exigia 65 mil torcedores para o evento. Para aumentar a capacidade, prevista em 40 mil, foram instaladas arquibancadas provisórias que ainda estão sendo retiradas pela construtura responsável. Além dessa parte, outras exigências corintianas pós-Mundial estão sendo atendidas, mas o time sofre com a falta de agilidade da empresa, que não anda cumprindo os prazos estabelecidos. Com gramado impecável, a arena foi palco de 12 jogos do Alvinegro desde julho, com média de quase 30 mil pagantes. A partir de junho de 2015, o clube paulista começa a pagar pela obra, que foi toda bancada pela contrutura
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