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Conhecidos por ostentarem os melhores carros, estarem acompanhados das mais belas mulheres e receberem os melhores salários, alguns jogadores de futebol dos principais times levam a vida que muitos sonhariam em ter. Na contramão disso tudo, os atletas da Chapecoense levavam um vida simples, longe dos holofotes. Nem por isso deixaram de fazer história com a camisa mais amada do mundo hoje
Marcio Cunha/Reuters
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O grande sucesso que a equipe vinha tendo nesta temporada sempre foi inversamente proporcional aos gastos mensais que o clube tinha. Com uma folha salarial de apenas R$ 2 milhões, o teto salarial era de R$ 100 mil por mês, sendo que apenas um jogador recebia no limite estipulando pela diretoria: o experiente Cléber Santana
Márcio Cunha / Estadão Conteúdo
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A Verdão do Oeste virou sucesso no futebol brasileiro devido à sua rápida ascensão nos últimos anos. O clube subiu da Série D do Campeonato Brasileiro para a Série A em apenas cinco anos e, desde a sua chegada à elite do Nacional, em 2014, tem desbancado times tradicionais e com orçamentos mais volumosos
Jardel da Costa/Futura Press/Estadão Conteúdo
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Fundada em 1973, a história da Chapecoense começou a mudar a partir de 2005. Com dívidas que somavam R$ 1,5 milhão e eram consideradas impagáveis, a diretoria chegou a cogitar a possibilidade de fechar definitivamente as portas do clube. Um grupo de empresários da cidade, ligados ao ramo de frigoríficos e ao agronegócio, no entanto, se uniu para quitar as pendências e salvou o time da falência
Marcos Bezerra/Estadão Conteúdo
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A mudança de gestão e o equilíbrio nas finanças não demoraram para começar a dar resultado. Em 2007, o time foi campeão estadual depois de 11 anos de jejum. Duas temporadas depois, conseguiu subir da Série D para a C do Brasileiro
Renato Padilha/Estadão Conteúdo
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Junto com os acessos de divisão, veio também o expressivo aumento na arrecadação em um curto espaço de tempo. O orçamento de R$ 13 milhões em 2013 saltou para R$ 45 milhões nesta temporada. Mesmo assim, é quase 10% dos R$ 400 milhões recebidos pelo Flamengo, por exemplo. O mesmo abismo se vê em relação ao patrocínio da Caixa Econômica Federal, que para estampar a marca do banco no uniforme do clube paga R$ 4 milhões por ano. Já o Corinthians recebe R$ 30 milhões
Paulo Whitaker/Reuters
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Mesmo com o aumento nas receitas nas últimas temporadas, a maneira de administrar o clube permaneceu inalterada. Dono de uma distribuidora de frutas na cidade, o presidente da Chapecoense desde 2008 era Sandro Pallaoro, morto no acidente de avião
Jorge Rodrigues / Estadão Conteúdo
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Ao lado de outros empresários da cidade, que faziam parte da diretoria, ele implantou uma política de austeridade financeira e só gastava o dinheiro que tinha em caixa. Com a folha de R$ 2 milhões, a Chapecoense surpreendeu ao anunciar que pagou 14º salário aos seus funcionários em 2015 - uma forma de gratidão. A filosofia de Pallaoro era fazer o que ele chamava de "um futebol diferente do praticado no Brasil", honrando salários em dia no clube. Nas últimas temporadas, a Chapecoense se destacou por ter um elenco homogêneo, sem grandes atleta
MÁRCIO CUNHA/MAFALDA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Segundo o dirigente, não adiantava contratar um jogador medalhão. A filosofia era buscar no mercado jogadores com motivação para atuar na Chapecoense e ambição de defender a equipe para crescer profissionalmente no futebol. No grupo de jogadores mortos no acidente aéreo, o único que destoava desse perfil era o meia Cleber Santana, de 36 anos, capitão do time, e com passagens por Santos, São Paulo, Atlético-PR e os espanhóis Atlético de Madrid e Mallorca
Koka Madruga/Estadão Conteúdo
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CT E BONS PÚBLICOS - A menina dos olhos da Chapecoense é o centro de treinamento, inaugurado em 2014. O local custou R$ 2 milhões, ocupa uma área total de 83 mil metros quadrados, possui três campos oficiais e um anexo para as categorias de base, cinco vestiários, academia, sala de massagem, sala de fisioterapia, rouparia e cozinha. Antes da construção do CT, a equipe treinava em campos localizados em fazendas e fábricas de empresários da região
MÁRCIO CUNHA/MAFALDA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Os 200 mil habitantes da cidade da parte Oeste de Santa Catarina, distante quase 600 quilômetros da capital Florianópolis, "abraçaram" o time. Com 7,6 mil torcedores por jogo no Campeonato Brasileiro, a Chapecoense tem a melhor média de público entre os clubes catarinenses e está à frente também de Botafogo, Ponte Preta e América-MG, rebaixado
AE