Paulo Henrique Ganso marcou um verdadeiro golaço no clássico diante do Santos no último domingo (24), muito parecido com o de James Rodríguez na Copa do Mundo contra o Uruguai. Nada anormal para estes dois talentosos meio-campistas com estilos diferentes. Mas não é de agora que Ganso vem sendo o camisa 10 que o Tricolor tanto esperava, e a seleção também
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O jogador superou as críticas que vinha recebendo no começo ano, ainda no Paulistão e, no Campeonato Brasileiro, engatava uma boa fase antes mesmo da pausa para a Copa, quando foi um dos melhores atletas do São Paulo no empate diante do Corinthians em 1 a 1, dando um passe milimétrico para Luís Fabiano empatar a partida
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Além desta partida, foi o autor dos dois gols da equipe na vitória contra o Flamengo por 2 a 0, no Maracanã. Já na volta pós-Copa, contra o Bahia, deu assistência genial para Alan Kardec, que fazia sua estreia naquele dia, marcar seu primeiro gol com a camisa Tricolor
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Posteriormente, o São Paulo passaria por quatro jogos sem vencer [dois empates e duas derrotas] até ganhar liga com a chegada de Kaká no meio-campo e dividir a responsabilidade na armação com o camisa 10, que nos jogos seguintes alternaria entre assistências e gols marcados. Sendo essas assistências geniais para gols de Alexandre Pato, contra o Vitória e Palmeiras, e gols contra o Internacional
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A chegada de Kaká foi importante para a evolução e manutenção do melhor momento vivido por Paulo Henrique Ganso desde sua chegada ao São Paulo. No meio-campo, com Souza e Denilson, os dois dividem a responsabilidade pela armação das jogadas, e ainda contam com a agilidade Alexandre Pato, que vem evoluindo, e a precisão e oportunismo de Alan Kardec
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Estes fatores contribuem apenas para o bom futebol de Ganso, que já foi provado que não é de movimentação, ele não corre com a bola, ele faz ela correr, afinal, ele é o maestro da equipe. Basta ver as assistências tanto para gols feitos, quanto para perdidos de Alexandre Pato. O empate contra o Criciúma é uma prova disso
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Ganso é o camisa 10 que falta para a seleção brasileira. Enquanto um outro meia, como Philippe Coutinho, pode correr com a bola, conduzi-la para atacantes como Neymar, Ganso pode fazer a redonda, simplesmente, chegar aos pés do atleta, e encontrar, por meio de um passe genial, um espaço que só um maestro do nível técnico de Ganso pode encontrar