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A mudança no comando da seleção brasileira tem como objetivo fazer com que o time recupere a moral perdida na última Copa, estabelecendo um futebol antenado com as novidades táticas e com resultados dignos da história da "amarelinha". Porém, a julgar pelo histórico do nome escolhido para ser o novo técnico, Dunga, tais objetivos dificilmente serão cumpridos. Isso porque o treinador gaúcho acumulou atuações fracas e tomou alguns sufocos em sua primeira passagem pela equipe nacional, entre 2006 e 2010; relembre
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Logo em sua estreia em torneios oficiais, uma derrota: diante do México, pela Copa América de 2007, o Brasil caiu por 2 a 0. Apesar de ter começado melhor, os comandados de Dunga foram abatidos com um golaço de Castillo, que deu um lençol em Maicon, e por uma falta cobrada por Morales no canto esquerdo de Doni. Tudo isso aconteceu antes dos 30 minutos do primeiro tempo. A partir daí, o jogo ficou aberto, mas o goleiro Ochoa, aquele mesmo da Copa de 2014, impediu qualquer reação brasileira
É verdade que a equipe se recuperou e acabou ficando com a taça, mas a boa vitória sobre a Argentina na final mascarou um torneio cheio de altos e baixos, com direito a vitória nos pênaltis sobre o Uruguai na semifinalAP
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A primeira derrota do futebol brasileiro para a fraca Venezuela também foi um "oferecimento" da Era Dunga. Em amistoso realizado em junho de 2008 nos Estados Unidos, a seleção fez uma das piores apresentações de sua história e foi completamente dominada pelo rival, que nunca sequer conseguiu ir à Copa do Mundo. Com gols de Maldonado, aos 5, e Vargas, aos 43, o jogo foi definido ainda no primeiro tempo e o Brasil deixou em campo debaixo de muitas vaias.
Vale lembrar que, pouco mais de um ano depois, o time verde-amarelo empatou por 0 a 0 em casa com os venezuelanos, em partida válida pelas Eliminatórias da Copa do MundoAP
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Quem também têm saudades de Dunga na seleção brasileira são os bolivianos. Afinal, foi justamente com o técnico na seleção que a Bolívia também conseguiu pontos importantes nas Eliminatórias da Copa. Em outubro de 2009, o time andino fez 2 a 1 sobre o pentacampeões em La Paz. Culpa da altitude? Pode ser, mas vale lembrar que esta mesma equipe, no ano anterior, havia conseguido segurar um 0 a 0 contra os brasileiros em pleno Rio de Janeiro. Ou seja: no nível do mar
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O fato de Dunga não ter perdido para seleções adultas de primeira linha em sua passagem pela seleção tem um contraponto pesado: o fracasso em um de seus grandes objetivos no cargo, a busca pela medalha de ouro olímpica. A chance aconteceu em Pequim 2008, mas o time sub-23 do Brasil foi destroçado nas semifinais pela Argentina, dos então jovens Messi, Aguero e Di Maria: 3 a 0
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A Copa das Confederações de 2009 é outro dos títulos arrematados por Dunga, com direito a uma incrível virada sobre os Estados Unidos na decisão. O que pouca gente se lembra, porém, é que por muito pouco o time não chegou à final: na semi diante da "poderosa" África do Sul, o Brasil só conseguiu a vitória com um gol do então reserva Daniel Alves de falta, aos 42 minutos do segundo tempo
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Naquela mesma edição das Confederações, o Brasil já havia passado por maus momentos contra um time africano, o Egito. Em uma estreia movimentada, a seleção canarinha só bateu os rivais, que jogaram melhor, por 4 a 3. O gol da vitória aconteceu aos 45 minutos do segundo tempo, em pênalti duvidoso convertido por Kaká
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Na Copa da África do Sul, o Brasil de Dunga também teve problemas contra times de pouca tradição no futebol. A sorte de ter sido escolhido para encarar a Coreia do Norte logo na estreia quase se converteu em vexame: a vitória, suada, foi por 2 a 1. E não dá nem para argumentar que o time asiático era uma surpresa como a Costa Rica foi em 2014, pois nas partidas seguintes eles apanharam de Portugal (7 a 0) e da Costa do Marfim (3 a 0)
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Não dá para tirar desta lista o derradeiro jogo de Dunga na seleção: a derrota por 2 a 1 para a Holanda nas quartas de final da Copa de 2010. Mesmo que o resultado possa ser considerado "normal" foram ali que ficaram evidenciados os dois maiores problemas do técnico: a falta de preparo psicológico, que permitiu aos europeus reverterem um jogo dominado pelo Brasil no primeiro tempo com direito a atuações desastrosas de Felipe Melo e Júlio César, e a ausência de bons jogadores no banco de reservas, na tentativa de se chegar ao empate
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