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Diego Ribas foi um dos principais integrantes dos ‘Meninos da Vila’, que se consagraram no início dos anos 2000 como uma das gerações mais vitoriosas da história do Santos. O meia, que atualmente está no Fenerbahçe-TUR, lembrou que as brincadeiras e o clima de descontração ajudaram o grupo, principalmente na conquista do Campeonato Brasileiro de 2002, em cima do Corinthians
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Em entrevista ao programa Bola da Vez, da ESPN, Diego comentou que em nenhum momento sentiu a pressão naquela decisão contra o Corinthians.
— Eu não sei se consigo transmitir em palavras o que a gente sentia antes daquele jogo. Não sentíamos a derrota. Todos os jogos a gente abria a janela do ônibus para brincar com os torcedores, no hotel sempre estava rolando música, os jogadores entrando um no quarto do outro. A gente não tinha tempo para pensar em derrota. A gente queria entrar em campo e se divertirDivulgação
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Pouco tempo depois do sucesso, porém, a dupla ficou marcada de forma negativa na seleção brasileira com a eliminação do Pré-Olímpico de 2004, que tirou a vaga do time para os Jogos Olímpicos em Atenas daquele ano. Os dois foram criticados na época por supostamente abusarem das brincadeiras. Diego lembrou uma ocasião em que ele e o atacante William deixaram Robinho “em maus lençóis” com o treinador do Santos, Emerson Leão.
— Na época a gente tinha a mania de brincar. E logo antes de um do jogo, a gente amarrou a chuteira do Robinho para ele se atrasar para entrar para no campo e o Leão começou a cobrá-lo [risos]. Depois ele me deu o troco escondendo minhas roupas no vestiário. Era muita descontraçãoReprodução/Instagram
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Ele também comentou sobre o relacionamento com o técnico Leão, campeão com o Santos em 2002.
— O Leão mudou muito com aquela molecada. Passou a ser mais maleável, soube administrar aquele clima. Ele sempre nos ajudou muito, foi muito importante, porque fez com que a gente mantivesse o equilíbrioEstadão Conteúdo
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O jogador também comentou de sua tristeza ao praticamente ficar de fora da final que deu o título do Campeonato Brasileiro de 2002 ao Santos, por conta de uma lesão muscular logo no início da partida contra o Corinthians.
— Eu sinto [tristeza]. Mas era previsível, porque eu senti aquela lesão durante a semana que antecedeu o jogo e sabia que ia ser complicado, então foi uma tristeza muito grande. Mas eu era inexperiente, porque logo no começo do jogo eu já dei um sprint para correr atrás da bola. Se fosse hoje, já administraria para pelo menos jogar o primeiro tempo inteiro. Mas não tirou a minha alegria depois do jogo, porque me senti participativo [naquele time]Arquivo/Agência Estado
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Atuando no futebol europeu há mais de 10 anos, Diego também falou sobre a divisão entre jogadores nos elencos, principalmente entre diferentes nacionalidades.
— Lá eles se fecham, mas não é uma panelinha. É algo natural, mas todo mundo se dá bem. Claro que existe alguns problemas de relacionamento, o que é normal. Nunca tive problema grave, mas já tive discussões sérias. As vezes acontece, mas nunca foi nada grave. Querendo ou não você está chegando no País, está tomando o lugar de alguém, mas suas atitudes conquistam as pessoas. Eu cometi erros, mas sempre procurei ser amigo dos outrosGetty Images
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Diego também aconselhou aos jogadores que estão a caminho do Velho Continente a não cometerem o mesmo erro que ele, quando demorou em se adaptar na Europa.
— Eu demorei muito para me aproximar de outros atletas. Eu me dava bem com eles no treino e jogo. Mas acho que você deve se misturar com os outros, mostrar que está interessado pela cultura deles. Se algum brasileiro jogar em outro País e fizer isso, pode ter certeza que ele vai se adaptar bemReprodução/Instagram