Dos corredores da La Bombonera à Casa Rosada em pouco menos de oito anos. Este foi o trajeto percorrido por Mauricio Macri, um dos dirigente mais populares e vencedores da história do Boca Juniors, que no início desta semana foi eleito o novo presidente da Argentina até 2019. Ex-mandatário do clube mais popular do país, o político, que assume a vaga principal de Rivadavia à partir do dia 10 de dezembro, é uma das pessoas mais influentes do futebol local e promete algumas mudanças drásticas no esporte nos próximos anos.
Nas imagens a seguir, mostramos o quão forte é a relação do político com o futebol argentino e também com seus aliados e opositores dentro do cenário esportivo nacional
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Eleito com 51,40% dos votos, Macri colocou fim a 12 anos de kirchnersimo na Argentina e pretende mudar algumas coisas feitas pelo governo anterior, principalmente no futebol
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Duas vezes presidente do Boca, Macri, que também é empresário, chegou a dizer, em algumas entrevistas há alguns anos, que tem
planos de acabar com o programa "Fútbol para Todos", criado em 2009
pela atual presidente do país, Cristina Kirchner, para transmissão gratuita, em
TV pública e internet, de todos os jogos do Campeonato Argentino (primeira e
segunda divisões) e das semifinais e finais da Libertadores e da Copa
Sul-Americana (sempre que houver time argentino jogando)
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Criticado por desejar extinguir o programa, que pertence a Secretaria de Comunicação Pública da Argentina e utiliza dinheiro público para comprar os direitos de transmissão das competições, Mauricio Macri afirmou, durante sua campanha, que iria rever a possibilidade de manter o projeto. Quando adquiriu os direitos da primeira divisão argentina, em 2009, o Governo Kirchner pagou 600 milhões de pesos à AFA (Associação de Futebol Argentino) - na cotação atual, R$ 232 milhões
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Como é muito ligado ao futebol, Macri, que sempre que pode aparece vestido com as cores do seu time do coração, deverá ter um apoio grande na luta contra o programa do governo anterior
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Além de novo presidente da Argentina, e ex-mandatário do Boca Juniores, Macri também já foi prefeito de Buenos Aires, de 2007, quando saiu do Boca Juniors, até 2015
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Como presidente do Boca Juniors, Macri conquistou tudo o que podia no futebol. São 17 títulos no total, sendo 11 internacionais - entre eles, quatro Libertadores e dois Mundias de Clubes
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O sucesso de Macri como dirigente do Boca foi, sem dúvidas, o grande impulso do então cartola para se tornar um político popular e de sucesso
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Atualmente com 56 anos, Macri parte para o desafio mais importante de sua carreira. Eleito 56º presidente da Argentina, o político tenta agora repetir o sucesso dos tempos de Boca, tanto dentro como fora de campo, agora na Casa Rosada