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Para o ano de seu centenário, o Palmeiras apostará no talento de um ex-rival: Bruno César fechou contrato na última terça-feira (7) e tentará repetir as boas atuações dos tempos de Corinthians. O meia canhoto, no entanto, está longe de ser o primeiro a vestir a camisa dos dois maiores rivais do estado. Relembre outros vira-casacas
DJALMA VASSÃO/Gazeta Press
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Uma das transferências mais polêmicas entre os dois clubes rivais mudou para sempre a história do Timão. Revelado no Guarani, o meia Neto chegou ao Palmeiras com status de craque, mas não foi aproveitado pelo técnico Leão, que optou por trocá-lo por Ribamar, armador do Timão. Resultado: em 1990, Neto comandou o Corinthians ao primeiro título brasileiro de sua história e se eternizou como o xodó da fiel
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Outro caso bastante recordado pelos torcedores foi a chegada de Paulo Nunes ao Corinthians. Muito identificado no Verdão por seus gols e irreverência, o atacante se apresentou no Parque São Jorge em janeiro de 2001 e de cara foi recebido com protestos da torcida organizada. A passagem de Paulo Nunes pelo Timão foi breve e de poucos gols. Em sua saída, ele disse estar arrependido de ter assinado com um clube pelo qual não tinha identificação nenhuma.
Dinei relembra ida de Paulo Nunes para o Corinthians e garante: “Eu não jogaria no rival”Gazeta Press
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O volante Magrão também sofreu com a ira de ambas as torcidas. Após anos defendendo com muita raça as cores do Verdão, o jogador aceitou proposta do Corinthians em 2007. Anos mais tarde, ele revelou ter aceitado o desafio para realizar um sonho antigo do pai, corintiano fanático
FERNANDO PILATOS / Gazeta Press
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Durante a década de 90, vários craques vestiram as camisas dos grandes rivais paulistanos. O capetinha Edilson brilhou e conquistou títulos brasileiros tanto no Verdão quanto no Timão
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O colombiano Rincón traçou caminho idêntico ao de Edílson. Após muitos títulos no Palestra Itália, o volante não teve sucesso na Europa, mas entrou para a história do Corinthians como capitão do primeiro título mundial, em 2000
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O goleador Luizão completa o time dos jogadores que brilharam com a camisa dos dois clubes na década de 90. Campeão paulista no inesquecível time palmeirense de 1996, o camisa 9 também faturou o estadual, o brasileirão e o mundial com a camisa alvinegra
Gazeta Press
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Há também os casos dos craques que passaram pelos dois parques, mas se identificaram mais com a camisa alviverde. Edmundo e Rivaldo tiveram passagens discretas pelo Timão, mas se consagraram no rival com a conquista do bicampeonato brasileiro de 1993 e 1994
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Responsável pela saída de Neto do Palmeiras, Emerson Leão também passou pelos dois clubes. No Verdão, o goleiro permaneceu por dez anos e disputou mais de 500 partidas. A identificação com o time não o impediu de vestir a camisa do Timão em 1983. Mas apesar do título estadual daquele ano, Leão entrou em atrito com Sócrates, Casagrande e os outros líderes da chamada Democracia Corintiana e retornou ao Verdão no ano seguinte
Acervo/Gazeta Press
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Antes de Bruno César, o último a enfrentar o desafio foi o lateral Weldinho. Ele, no entanto, não deixou saudades em nenhum dos clubes
SERGIO BARZAGHI/Gazeta Press
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Revelado no terrão, Viola rapidamente se tornou um dos queridinhos da torcida corintiana ao marcar o gol do título paulista de 1988 contra o Guarani. Mas apesar de se dizer corintiano, o goleador rodou por mais de vinte clubes no Brasil e no exterior, entre eles o Palmeiras, de 1996 a 1998
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O lateral direito Rogério também levantou canecos nos dois clubes. Pelo Verdão, ele contribuiu nos títulos da Mercosul e da Copa do Brasil, em 1998, e na inédita Libertadores do ano seguinte. Pelo Timão, ele conquistou um Paulista e uma Copa do Brasil, além do Rio-São Paulo de 2002, no qual marcou o gol do título contra o São Paulo
JOSÉ LUZ BITTAR/Gazeta Press
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O volante César Sampaio passou pelos quatro grandes de São Paulo, mas se consagrou no Verdão, com os títulos brasileiros de 1993 e 1994 e, sobretudo, ao erguer a taça da Libertadores de 1999. Dois anos depois, Sampaio passou pelo Timão, mas sofreu com contusões e não deixou boas memórias
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Assim como Sampaio, o zagueiro Antônio Carlos Zago também passou por São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Santos, mas se tornou um jogador de seleção brasileira jogando pelo Palmeiras multicampeão do início da década de 90. No Timão, ele conquistou o Paulistão de 1997, antes de fazer história com a camisa da Roma, da Itália
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Considerado um dos maiores ídolos da história do Palmeiras, o polêmico atacante César Maluco também passou pelo rival. Em 1976, após ser flagrado em um exame antidoping, ele foi negociado ao Timão à contragosto. Com a camisa alvinegra, César marcou oito gols em 37 partidas
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Antes de se transformar no melhor lateral esquerdo do mundo jogando pelo Real Madrid, Roberto Carlos teve uma passagem excelente pelo Palmeiras. Já veterano, ele retornou ao Brasil para vestir a camisa do Corinthians, no ano do centenário do clube, mas não conquistou nenhum título
MARCELO FERRELLI/Gazeta Press
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Envolvido na troca com Neto, Ribamar não teve sucesso em nenhum dos clubes paulistas. Ídolo do Sport, campeão brasileiro em 1987, ele chegou ao Corinthians como uma grande promessa, mas não vingou e até hoje tem seu nome lembrado como a melhor moeda de troca da história do Timão
Gazeta Press
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Considerado por muitos torcedores como o maior jogador da história do Corinthians, Roberto Rivellino não vestiu a camisa do Palmeiras como profissional. Ele, no entanto, nunca escondeu que torceu pelo Verdão durante sua infância e que só não jogou pelo clube por descaso de diretores e treinadores das categorias de base. Descendente de italianos, o Reizinho do Parque São Jorge garante que a paixão pelo Palmeiras está enterrada no passado e que se considera parte da fiel torcida desde que vestiu a camisa do Timão pela primeira vez
Acervo/Gazeta Press