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A cena já é recorrente. Felipão não consegue fazer o time render, pede as contas e deixa um clube escrachado pela torcida. Foi assim na última terça-feira (19) no Grêmio, onde o técnico era tido como ídolo até então. A diretoria do clube não suportou a derrota para o Inter na decisão do Gauchão e o péssimo início no Brasileiro e aceitou o pedido de demissão do treinador
Dê sua opinião: Chegou a hora de Felipão se aposentar?Luciano Leon/Lancepress
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Já faz algum tempo que Felipão vem colecionando vexames em sua carreira. Confira alguns deles a seguir
Luciano Leon/Agência Estado
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Luiz Felipe Scolari protagonizou uma cena inédita no futebol no início deste ano. Inconformado com o mau futebol do Grêmio frente ao Veranópolis, pelo Estadual, o treinador se retirou do campo antes mesmo de o árbitro apitar o fim do jogo
EDU ANDRADE/FATOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Na entrevista coletiva após a partida, para tentar justificar a "auto-expulsão", Felipão disse que o time não apresentou em campo o que tinha feito nos treinamentos. Fato é que o treinador, que vem acumulando fracassos nos últimos anos, tem se complicado cada vez mais com frases polêmicas e maus resultados nos últimos anos
Fábio Gomes/Lancepress
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Felipão foi um dos personagens principais do maior vexame da história da seleção brasileira, na última Copa do Mundo, quando o time foi goleado em casa para a Alemanha por 7 a 1. Depois da derrota, o técnico se complicou ainda mais ao não assumir que a equipe foi mal e dar justificativas vazias
Getty Images
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Na ocasião, se esquecendo completamente da parte tática, Scolari comparou o time a uma máquina e disse que os jogadores estavam "em pane".
— Foi um branco que deu no time. Tentamos organizar para fechar um pouco mais. Foi uma pressão da Alemanha e deu tudo certo. E deu errado naquele momento para a nossa equipe. Quando estamos em pane, não adianta trocar um ou dois jogadores num determinado momentoGetty Images
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A situação do técnico piorou pouco tempo depois da goleada, quando ele voltou a comentar a situação com jogadores e diretores da CBF.
— Eles [Alemanha] foram sete vezes no primeiro tempo e fizeram cinco gols. Nos dez primeiros minutos do segundo tempo, se eu mostrar o tape, nós criamos quatro chances de gol. Se nós tivéssemos acertado as quatro ia estar 5 a 4 em dez minutos? É coisa de louco para pensarGetty Images
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Meses depois, no caso de racismo da torcida do Grêmio com o goleiro Aranha, então no Santos, Felipão escolheu um lado para defender: o dos torcedores. Ao falar sobre o episódio, ele deixou no ar que o atleta poderia ter forçado a barra.
— Vamos ver se eles [repórteres] vão cair na esparrela do Aranha de novoWESLEY SANTOS/Gazeta Press
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No fim do Brasileirão do ano passado, Grêmio e Corinthians disputavam uma vaga no G-4 e se enfrentaram na arena do Timão. Após as vitórias dos donos da casa, Felipão atacou o rival e a CBF, dizendo que havia um direcionamento para que alguns clubes se classificassem para a Libertadores. A acusação, referente a possíveis erros de arbitragem, não foi a primeira polêmica do técnico com juízes
Luciano Leon/Agência Estado
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Em derrota do Palmeiras para o Bahia por 2 a 0, em 2012, Felipão disse que o árbitro do jogo estava com "tesão" para marcar um pênalti para o time nordestino
Agência Estado
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Também na passagem pelo Palmeiras, Felipão defendeu, e depois voltou atrás, Valdivia. Primeiro, ele resolveu ficar ao lado do chileno quando perguntado sobre as lesões do jogador. Pouco depois, se cansou com a repetição de idas do meia ao departamento médico e chegou a criticá-lo por isso
LEANDRO MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Vale lembrar que a segunda passagem do técnico pelo Palmeiras foi vexatória. Apesar do título da Copa do Brasil, o técnico abandonou o clube na zona de rebaixamento. No fim do ano, o Verdão caiu, e Felipão foi para a seleção brasileira
Estadão Conteúdo
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Em clássico do Palmeiras contra o Corinthians, na semifinal do Paulistão de 2011, Felipão acabou discutindo com um velho conhecido: o técnico Tite. Ao ver o colega reclamar demais da arbitragem, o comandante do Corinthians se voltou para Scolari e soltou o famoso "fala muito". Depois de algum tempo, os dois superaram o caso e voltaram a ter uma boa relação
FERNANDO DANTAS/Gazeta Press
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Pode-se dizer que o Corinthians "mexe" com Felipão. Quando o Palmeiras enfrentou o rival na Libertadores de 2000, um áudio do técnico pedindo a seus jogadores que quebrassem a perna de Edílson, atacante do Timão, vazou para a imprensa. Dois anos depois, ele convocou o Capetinha para a seleção brasileira que foi campeã do mundo no Japão
Agência Estado
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Quando era técnico de Portugal, Scolari se envolveu em uma briga com o zagueiro sérvio Dragutinovic durante a Euro 2008. Na entrevista depois do jogo, ele se defendeu.
— Eu tentei acertar o rapaz que estava brigando com o Quaresma. Foi uma confusão normal. Nem encostei nele, apenas defendi meu jogador na confusão. E para defender na confusão você não fica com os braços abaixadosReprodução