Em linha reta, são 4.082 km. Só que a coisa não é bem assim. Para sair de Boa Vista, em Roraima, no extremo norte do Brasil, para Montevidéu, é preciso mais tempo do que a distância denota.
Isso porque não existe voo direto. Daria cerca de cinco horas de viagem. No entanto, Fernanda Rangoni, torcedora do Flamengo, levou bem mais do que isso para chegar à capital uruguaia, palco da decisão do sábado (27), procedente do estado da região Norte do país.
“Saí de lá na sexta-feira de manhã e cheguei na segunda à tarde. Calculo que foram 80 horas, mas não consigo nem me lembrar”, afirma a torcedora fanática pelo clube carioca.
Mas de onde vem tanta paixão? “Nasci no Rio de Janeiro, mas moro lá [em Roraima]. Não perdi o amor pelo meu time. Pelo contrário, a coisa só aumentou”, acrescenta.
Foi o início de um périplo. Fernanda saiu de Roraima rumo a Brasília. De lá, para São Paulo, de onde embarcou para o Rio de Janeiro. Depois de uma passagem pela cidade natal, o retorno à capital paulista. Claro, para depois adentrar o avião rumo a Montevidéu.
Ufa, cansou só de ler, né? Para ela, o Flamengo compensa o sacrifício. Nesta quarta-feira (24), sob um sol escaldante, Fernanda aguardou a chegada do ônibus com os jogadores ao hotel em que estão hospedados. Não houve um contato próximo com os atletas, mas valeu para vê-los, mesmo que a distância.
Vai ao jogo? Claro que sim! “Já comprei o ingresso, estou com tudo na mão. Não poderia perder isso depois de tanto esforço”, diz Fernanda.
Divisão de torcidas no Centenário
Na tentativa de evitar confrontos entre palmeirenses e flamenguistas dentro do Estádio Centenário, a organização da Conmebol definiu que os torcedores ficarão nos setores Colombes (Flamengo) e Amsterdã (Palmeiras), atrás dos gols.
Já a tribuna Olímpica, centralizada, terá ingressos vendidos ao público em geral, enquanto na tribuna América, do lado oposto ao da Olímpica, se concentrarão as áreas de hospitalidade, convidados e imprensa.
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