Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Falta de comando de técnico do PSG expõe briga entre Neymar e Cavani

Brasileiro e uruguaio disputaram para ver quem bateria pênalti na equipe

Futebol|Talyta Vespa, do R7

Briga Neymar x Cavani repercutiu ao redor do mundo
Briga Neymar x Cavani repercutiu ao redor do mundo Briga Neymar x Cavani repercutiu ao redor do mundo

A confusão entre Neymar e Cavani, que começou no último domingo (17) após uma cobrança de pênalti, tem repercutido de forma negativa no universo do futebol. O R7 ouviu os treinadores Muricy Ramalho e René Simões, cujas opiniões convergiram quando o tema foi a falta de imposição do técnico do Paris Saint-Germain, Unai Emery. Já Emerson Leão, em rápido contato, aproveitou para cutucar o brasileiro. 

EsportesR7 no YouTube. Inscreva-se

“Eu não acredito nesse boato de que o Neymar pediu a negociação do Cavani. Isso não é normal no futebol nem é do feitio do Neymar prejudicar alguém. Não é questão de ‘mimimi’, a questão foi a ausência do treinador. Ele não tomou pulso, aquilo não poderia ter acontecido. Em um time organizado, jamais teria acontecido”, afirmou Muricy. “Em 25 anos de profissão, nunca tive esse problema. E a razão é uma só: eu sempre deixei claro quem bateria pênalti, quem bateria falta e escanteio. Não ter definido isso é um erro de gestão.”

O treinador conviveu com Neymar durante dois anos, entre 2011 e 2013, quando o Santos foi campeão da Libertadores. Segundo ele, a convivência diária não podia ser melhor: “O Neymar nunca foi desrespeitoso, mesmo já sendo o ídolo que era à época. Era meu jogador, um garoto como qualquer outro, mas muito disciplinado. A imagem que as pessoas têm dele pelas redes sociais nem se compara ao profissional que ele é. Se não fosse, não estaria onde está. Ele está sempre feliz, é adorado pelo elenco. Sempre foi assim”, disse.

Publicidade

Já para René, Neymar não era tão bon vivant assim. Em 2010, ainda no Santos, o atacante do Paris Saint-Germain já brigava pela posse das bolas paradas na pequena área, e bateu o pé quando Dorival Junior mandou Marcel cobrar o pênalti na vitória sobre o Atlético-GO por 4 a 2. À época, René alertou: “Estamos criando um monstro”. Hoje, o treinador mudou de opinião. Segundo ele, Neymar amadureceu muito daquela época para cá, e a briga com Cavani é nada menos que um retrato da personalidade do jogador:

“O Neymar tem histórico: foram quatro incidentes seguidos na época em que eu dei aquela declaração: o primeiro foi com o Chicão, em um clássico, quando ele deu um chapéu no jogador do Corinthians enquanto o jogo estava parado. Logo na semana seguinte, o Santos enfrentou o Avaí, e Neymar bateu boca com o técnico do time catarinense. Depois, jogou contra o Ceará e conseguiu tirar do sério o João Marcos — o cara mais sossegado do mundo. E, por fim, o desentendimento com Dorival. Não tinha como defender”, relembrou o ex-treinador.

Publicidade
Cavani errou pênalti que Neymar pediu para bater
Cavani errou pênalti que Neymar pediu para bater Cavani errou pênalti que Neymar pediu para bater

Para René, Neymar deveria ter sido punido pelas ocasiões citadas, o que, segundo ele, faz parte do processo de amadurecimento de um jogador profissional: “Eu disse que estávamos criando um monstro porque ninguém o barrava. É como uma criança mimada, que não vai saber ouvir ‘não’ se os pais cederem todas as vezes. Mas ele melhorou muito, não se repetiram lances como aqueles. Agora vem essa do Cavani. Faz parte da personalidade do Neymar”, explicou.

Apesar da fama de mimado, Neymar sempre soube conciliar o posto de craque com Messi, seu companheiro de Barcelona por quatro anos. Por isso, de acordo com René, a confusão no PSG foi responsabilidade do treinador Unai Emery: “Ele [Emery] deveria ter definido isso ainda no primeiro pênalti. O Neymar queria bater e o Cavani não deixou. O técnico precisava se impor. Não fazer isso é dar margem para desentendimentos entre os jogadores. Quem define é o treinador, independentemente de qualquer coisa”, afirmou.

Publicidade

A obsessão por fazer gols deve fazer parte da rotina de quem quer ser o melhor do mundo, segundo René. Tanto ele como Muricy concordam que esse é o objetivo de Neymar e, por isso, ele realmente precisa brigar por cobranças decisivas: “O Neymar não deixou o Barcelona por dinheiro, mas para ser o melhor do mundo. Para isso, um jogador precisa ter de 30 a 40 gols por temporada. Vai ter que bater pênalti também”, explicou René. “Eu fico reticente em dizer, hoje, que Neymar é mimado ou mascarado. Não sei o que foi prometido a ele quando chegou ao PSG. Quando o critiquei, lá em 2010, eu sabia que nada o havia sido prometido.”

Muricy é um dos que acredita que Neymar fez bem ao seguir para o PSG rumo ao sonho de um dia ser o melhor jogador do mundo. Já o ex-treinador Emerson Leão tem dúvidas: “Não acho o Neymar um fenômeno, o acho superestimado”.

.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.