"Os atletas que representam o nosso país no estrangeiro são confrontados com uma campanha sistemática de linchamento, desde a Operação Fonte de Paz. Estão sendo feitos inquéritos disciplinares contra os nossos atletas que fizeram a saudação militar, depois de marcarem gols", afirmou Erdogan, pedindo uma retratação rápida da Uefa, que ainda não se manifestou sobre o assunto.
"Enquanto Turquia, recusamos esta postura política, injusta e discriminatória contra a nossa seleção e contra os clubes turcos por parte da Uefa. Quando se mistura política com esporte, isso é imperdoável. A Uefa deve corrigir este erro o mais depressa possível", completou o presidente turco.
No início desta semana, a Associação da União de Clubes da Turquia reagiu contra a decisão da Uefa. O presidente do Basaksehir, Goksel Gumusdag, disse que uma declaração seria enviada à entidade europeia e que esta seria assinada pelos presidentes dos 18 clubes da primeira divisão turca.
"A Uefa, que considera a saudação militar feita pela nossa seleção nacional depois dos gols contra França e contra Albânia, como sendo um ato político e provocatório, iniciou investigações contra o jogador Irfan Can Kahveci, o nosso jogador que fez uma saudação militar depois do gol que marcou contra o Wolsburg num jogo da Liga Europa. E mais tarde abriu também investigações sobre Robinho, Visca, Caiçara, Mehmet Topal e Azubuike", disse.
"É inaceitável a postura discriminatória e política da Uefa contra a nossa seleção nacional e contra os nossos clubes. Enquanto associação, condenamos o duplo critério da Uefa e queremos expressar o nosso apoio a esta saudação simbólica, dada com o objetivo de dar oferecer apoio moral à nossa nação, na sua justa luta contra o terrorismo", finalizou o dirigente.