Torcedores do Al Masry protestaram contra o tribunal egipcio após sentença de morte à 10 torcedores
Ed Giles/Getty ImagesCinco anos após a “Tragédia de Port Said”, no Egito, onde 74 pessoas foram mortas durante uma partida do campeonato local, a corte do país decretou a sentença de morte para 10 torcedores do Al Masry, responsáveis pelo ato brutal. No primeiro julgamento, 21 adeptos do clube foram sentenciados, porém, 10 foram revogados e nesta segunda-feira (20), mais um conseguiu a safar-se.
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O veredicto da Corte de Cassação do Egito é final, de forma que nenhum dos condenados poderá recorrer. No total, 73 pessoas foram acusadas pela tragédia, com a maioria delas recebendo penas menores, de menos de 15 anos. Entre os que receberam penas pequenas estão nove policiais, o chefe de segurança responsável pelo estádio e o diretor esportivo do Al Masry.
A briga, que aconteceu no dia 1º de fevereiro de 2012, foi a mais letal do futebol no mundo nos últimos 15 anos. No incidente centenas de torcedores do Al Masry invadiram o campo e atacaram os fãs do Al Ahly. Morreram 72 torcedores do time do Cairo e dois policiais.
A torcida do time do Al Ahly participou ativamente de protestos contra o ex-presidente Hosni Mubarak na Praça Tahrir durante a Primavera Árabe. Já os habitantes de Port Said apoiavam Mubarak, o que teria instigado o ataque. A polícia foi, no mínimo, negligente, permitindo um massacre.
Em 2013, quando a sentença em primeira instância foi divulgada, uma onda de violência se espalhou pelo Egito, em protesto. Só na cidade costeira de Port Said mais de 30 pessoas foram mortas.