Edílson 'Capetinha' está sendo investigado pela PF
FERNANDO PILATOS/Gazeta PressEdílson da Silva Ferreira, o famoso 'Capetinha", é o ex-jogador da seleção brasileira apontado pela Polícia Federal como um dos investigados pela operação Desventura, que apura fraudes no pagamento de prêmios para falsos bilhetes da loteria. Segundo informações do site A TARDE, a PF cumpre mandado de busca e apreensão na casa do ex-jogador de Corinthians e Palmeiras em Salvador, mas o resultado da apreensão não foi divulgado.
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Além do pentacampeão de 2002 com a seleção, um primo de Edílson foi preso durante a operação da Polícia Federal e é apontado pelas autoridades como um dos principais alvos das investigações.
A ação foi iniciada na manhã desta quinta-feira (10) nos estados da Bahia, Goiás, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal, e envolve cerca de 250 policiais federais, que cumprem 54 mandados judiciais, divididos em cinco prisões preventivas, oito temporárias, 22 conduções coercitivas e 19 buscas.
Em seu perfil no Twitter, o órgão informou que os gerentes eram recrutados por grandes correntistas, entre eles um ex-jogador da Seleção. O nome dele não foi divulgado no tuíte, o que deve ocorrer até o final da manhã desta quinta.
Além dos dois nomes que já vazaram, também foi identificado a atuação de um doleiro no esquema. O nome não foi divulgado. Ainda segundo a polícia, a quadrilha praticava outros crimes como fraude na utilização do BNDES e do Construcard, além de liberação irregular de gravame de veículos.
Como funcionava o esquema
As fraudes consistiam em captar e validar prêmios não recolhidos pelos ganhadores da loteria esportiva. Com o intuito de despistar transferências milionárias, os envolvidos utilizavam contas de pessoas com grande movimentação financeira, como é o caso do ex-jogador da seleção, por exemplo.
Segundo a Polícia Federal, o ex-jogador da seleção "emprestou" a conta bancária para que esse dinheiro desviado pudesse circular sem chamar a atenção das autoridades. Alguns gerentes de bancos, com informações privilegiadas, eram recrutados pelos correntistas para fazerem parte do esquema.
Lembrando que, quando um prêmio da loteria não é retirado, todos valores são destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES). No ano passado, os ganhadores de loteria deixaram de resgatar R$ 270,5 milhões em prêmios da Mega-Sena, Loteca, Lotofácil, Lotogol, Quina, Lotomania, Dupla-sena e Timemania. Todos os envolvidos no esquema responderão por organização criminosa, estelionato qualificado, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, falsificação de documento público, evasão de divisas.