Explosões em São Januário marcam vitória do Flamengo contra o Vasco pelo Brasileirão
Marcello Dias/FolhapressA quantidade de bombas que tomaram conta do clássico entre Vasco e Flamengo, no sábado (8), se tornou alvo de questionamento na internet. Como é sabido, as regras do estádio não permitem a entrada de artefatos explosivos.
EsportesR7 no YouTube. Inscreva-se
Contudo, segundo o jornal Lance!, o diretor da FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) e delegado da partida, Marcelo Viana, tentou justificar:
— Essas bombas são muito difíceis de serem detectadas. São pequenas e eles escondem muito bem e acabam passando. O policial, na hora da revista, com muita gente chegando em cima da hora, não consegue detectar.
As explosões assustaram muitos torcedores. Alguns, ainda, pediram a ajuda de jornalistas para tentarem fugir da baderna.
Pós-jogo
De acordo com a Polícia Militar do Rio de Janeiro, quatro torcedores foram baleados. O torcedor do Vasco David Rocha Lopes, de 27 anos, levou um tiro no tórax e morreu. O rapaz chegou a ser levado para o Hospital Souza Aguiar, na região central da cidade, porém, chegou morto. A polícia não revelou a identidade ou o time do torcedor. O crime aconteceu logo após a partida, perto do portão 9, por onde saia a torcida do Vasco.
O cheiro e os efeitos do gás invadiram o gramado, assim como dezenas de bombas caseiras atiradas pelos vascaínos. A confusão obrigou o policiamento a segurar os jogadores do Flamengo no gramado por cerca de 20 minutos após o término da partida. Everton, autor do gol que definiu a vitória, se pronunciou:
— Tem crianças na torcida. Isso tudo é muito triste.
Diego complementou:
— Eles têm direito de jogar aqui, mas não de fazer isso.