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Dani Alves critica marketing do São Paulo: 'Tomaria decisões diferentes'

Camisa 10 diz que entende dificuldades financeiras e garante não estar no Morumbi só por dinheiro. Contratação foi atrelada à chegada de parceiros

Futebol|Felippe Scozzafave, do R7

Daniel Alves durante sua apresentação ao São Paulo
Daniel Alves durante sua apresentação ao São Paulo Daniel Alves durante sua apresentação ao São Paulo

Pouco mais de um ano atrás, o São Paulo anunciava Daniel Alves como uma das maiores contratações de sua história. Para viabilizá-la, a receita parecia simples: o clube contaria com parceiros para arcar com os custos de ter um dos principais jogadores do futebol mundial em seu elenco.

O tempo passou, o jogador rapidamente se tornou um dos líderes do time e destaque dentro de campo, mas até agora nada de parcerias. O mais perto disso foi uma negociação com a DAZN, que acabou esfriando por conta da pandemia de coronavírus.

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E o clube, que está longe de viver uma boa situação financeira, atualmente tem gastos de mais de R$ 1 milhão por mês com seu camisa 10.

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"Não controlo o marketing do São Paulo. Se controlasse, algumas tomadas de decisão seriam diferentes, porque tenho outra ideia do que faria no meu caso e no caso de um clube desse tamanho. Mas eu foco no que está ao meu alcance", opinou o jogador, em entrevista coletiva virtual concedida nesta terça-feira, fazendo críticas diretas ao departamento chefiado pelo diretor João Fernando Rossi.

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Por conta disso, a primeira parcela dos direitos de imagem de Daniel Alves, que se acumulam e são pagos semestralmente, atrasou: deveria ter sido depositada em abril e só caiu em julho, após a entrada do dinheiro da venda de Antony ao Ajax. O atleta também está precisando lidar com o corte salarial de 50% causado pela pandemia, mas não só minimizou a questão financeira, como deixou claro que esse assunto não deveria vazar para a imprensa.

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"Quando decidi vir, sabia dos problemas do São Paulo e sabia que teria que ter alguns parceiros, senão ia gerar certa dificuldade para o clube. Mesmo assim eu vim, sabendo de todas as dificuldades, tudo que o clube tem de problema. Apertei o 'F' e vim realizar meu sonho. Acho que fui o jogador que mais deu resultado na história do futebol e que menos ganhou dinheiro, porque minhas decisões não são em função de dinheiro, são em função de sentimento", iniciou.

"Os problemas internos, de relação clube-jogador, são problemas de bastidor, não podem ser expostos. Infelizmente dentro do São Paulo nem todo mundo preza pela mesma coisa, esse é o grande problema do São Paulo e da maioria dos clubes. Existem vários interesses dentro, as pessoas esperam os momentos ruins para sacar tudo o que tem de negativo dentro do clube. Eu não compro essas histórias. Sei que o clube tem problema, mas se eu tiver que resolver alguma coisa, resolvo com respeito à instituição e às pessoas que me trouxeram até aqui. Se alguém pensa de outra maneira, não posso controlar. O que está ao meu alcance é respeitar o clube, as suas dificuldades e ver até onde chega meu limite com isso", emendou, deixando claro que foi um dos primeiros jogadores a aceitar a redução salarial proposta pelo Tricolor durante a pandemia de coronavírus.

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"O problema de finanças é do São Paulo e de todos os clubes, agora com a pandemia muito maior. Fui um dos primeiros a tentar aceitar a redução de salário, não porque as pessoas estavam desempregadas, mas simplesmente porque o meu sentimento era de que eu não podia estar falando em dinheiro enquanto estamos passando por problemas gravíssimos, pessoas morrendo."

Com saída de Dudu, quem se tornou o jogador mais bem pago do Brasil?

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