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Sérvia e Suíça se enfrentam no que promete ser o jogo mais tenso da Copa do Mundo

Provocações e tensões políticas também entrarão em campo nesta sexta-feira (2), às 16h (de Brasília), no estádio 974; entenda

Copa do Mundo|Do R7

A última rodada da primeira fase da Copa do Mundo do Catar promete fortes emoções nesta sexta-feira (2), e não necessariamente pelo que acontecerá em campo. Pelo Grupo G, às 16h (de Brasília), Sérvia e Suíça duelam por um lugar nas oitavas de final, mas o jogo vale muito mais que a classificação. 

Os dois países têm um longo histórico de conflito, e as tensões políticas, tais como provocações, devem entrar no gramado do estádio 974 da mesma forma que os 22 jogadores que darão início à partida. O jogo desta sexta-feira (2) promete reverberar o confronto da Copa do Mundo da Rússia, há quatro anos. Na ocasião, também pela fase de grupos, a Suíça venceu a Sérvia por 2 a 1, com gols de Xhaka e Shaqiri, principais jogadores da seleção.

Xhaka, filho de pai kosovar e mãe albanesa, comemorou fazendo a águia negra de duas cabeças
Xhaka, filho de pai kosovar e mãe albanesa, comemorou fazendo a águia negra de duas cabeças Xhaka, filho de pai kosovar e mãe albanesa, comemorou fazendo a águia negra de duas cabeças

Nas comemorações, ambos os jogadores simularam a águia negra de duas cabeças com as mãos, em referência à bandeira da Albânia. Shaqiri é nascido no Kosovo, tal como o pai de Xhaka, que ainda tem a mãe albanesa. O Kosovo, cuja população é 90% de origem albanesa, é um pequeno território situado nos Balcãs, mas que tem reconhecimento limitado sobre sua soberania e independência em relação à Sérvia. 

O Kosovo declarou sua independência, de forma unilateral, em fevereiro de 2008, mas antes disso o país, que fica dentro do território sérvio, foi vítima de uma brutal repressão a movimentos separatistas, no que organizações internacionais chegaram a confirmar como uma tentativa de limpeza étnica contra os albaneses. Muitos foram mortos e presos, incluindo o pai de Xhaka, que ficou três anos na cadeia por participar de manifestações contra o governo sérvio na época. 

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Provocações já começaram

Nesta Copa, as provocações já começaram. Antes do jogo de estreia contra o Brasil, viralizou nas redes sociais uma foto de uma bandeira, supostamente colocada pela seleção da Sérvia, no vestiário do estádio Lusail. A imagem mostra o mapa do Kosovo coberto pelas palavras "sem rendição", escritas em albanês, além da bandeira sérvia por cima das cores kosovares. 

A imagem rapidamente repercutiu. Veículos de imprensa albaneses chamaram a atitude de "escândalo" e cobraram um posicionamento firme da Fifa. Em comunicado, a entidade informou que abriu investigação, mas até o momento nada foi feito.

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"O Comitê Disciplinar da Fifa abriu procedimentos contra a Associação de Futebol da Sérvia devido a uma bandeira exibida no vestiário na ocasião do jogo Brasil x Sérvia, realizado em 24 de novembro. Os procedimentos foram abertos com base no artigo 11 do Código Disciplinar da Fifa e no artigo 4 do regulamento para a Copa do Mundo 2022", diz a nota.

Mesmo que hoje a guerra não aconteça com armas em mãos, ela é silenciosa e se posiciona no campo ideológico. O futebol não é imune a isso. Sérvia e Suíça se enfrentam hoje, no que promete, e deve ser, o jogo mais tenso desta fase de grupos. 

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