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Com base em dados, diretor da Fifa aponta França e Inglaterra como favoritas ao título no Catar

Arsène Wenger mostrou ainda que média de finalizações por jogo, atualmente em 10,9, está caindo a cada edição da Copa do Mundo

Copa do Mundo|

Inglaterra, de Bellingham, e França, de Mbappé, jogam mais pelas laterais
Inglaterra, de Bellingham, e França, de Mbappé, jogam mais pelas laterais Inglaterra, de Bellingham, e França, de Mbappé, jogam mais pelas laterais

O ex-técnico Arsène Wenger, diretor de desenvolvimento do futebol mundial da Fifa, apontou neste domingo (5) França e Inglaterra como favoritas ao título da Copa do Mundo no Catar, com base em estilos de jogo e dados analisados na fase de grupos do torneio.

"As equipes com melhores pontas têm mais chances de ganhar a Copa do Mundo. Os laterais são importantes também, é preciso fazer com que esses jogadores aproveitem os lados. A França está entre elas, vai ser perigosa até o final. A Inglaterra é um dos países que aprenderam muito nos últimos torneios e está em grande momento, ao contrário da Bélgica, que está em decadência", argumentou.

A análise destacou que 58% dos gols na fase de grupos saíram após ataques pelos lados - 30% pela esquerda e 28% pela direita -, com um aumento de 83% nos cruzamentos em relação a quatro anos atrás, na Rússia.

Na fase de grupos no Catar, a Argentina foi a seleção que, segundo dados divulgados pela Fifa, menos quilômetros percorreu em campo, um total de 105, enquanto os Estados Unidos lideraram o quesito, com 123.

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Wenger explicou que Argentina apresenta este dado por ser uma das equipes "que mais rápido recuperam a bola", e disse acreditar que a "albiceleste" pode "aumentar esses números" dependendo da exigência no mata-mata.

No Catar, continuou a cair o número de finalizações a gol, com uma média de 10,9 por partida. Para efeito de comparação, a média foi de 12 na Rússia (2018), 12,9 no Brasil (2014) e de 14,1 na África do Sul (2010).

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Nesta edição, a Alemanha foi a que mais chutou em direção à meta adversária, 67 vezes, e foi eliminada ainda na primeira fase. "Houve certo bloqueio tático no primeiro tempo dos jogos porque as equipes estavam se estudando. Na segunda etapa, houve um futebol mais livre", exemplificou.

Também caiu o número de gols nos acréscimos, de 21, na Rússia, para 12, no Catar, apesar de a arbitragem ter concedido mais minutos extras, circunstância que Wenger atribuiu à possibilidade de fazer cinco alterações, que ele garante que serão mantidas.

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"Ninguém quer voltar às três mudanças. Gostaria de lembrar que existem apenas três oportunidades para trocar os cinco jogadores. Houve pedidos de mais oportunidades para trocar, sim. Acho que não vamos voltar a três mudanças, mas vamos dar mais acréscimos", indicou.

Wenger disse que a grande mudança no futebol está nos goleiros. Segundo o ex-técnico, eles são cada vez mais jogadores de linha.

"Os goleiros se ofereceram para ter a bola 433 vezes na Rússia, e 726 no Catar. A distribuição pelo goleiro é uma opção vital para a equipe. No futuro, temos de pensar e ver o goleiro como um jogador de linha", comentou.

O dirigente também elogiou o desempenho "surpreendente" do Marrocos, que enfrentará a Espanha nas oitavas de final na próxima terça-feira, e disse estar confiante no crescimento do futebol africano. "Espero que esteja cada vez mais representado nas Copas do Mundo. Estou especialmente envolvido no desenvolvimento do talento africano. Esperemos que a África seja um dos principais concorrentes nas futuras Copas", declarou.

As próximas edições da Copa do Mundo terão outro formato, ainda não definido, começando com 48 equipes participantes para "ajudar a desenvolver o futebol" em mais países. "É algo que ainda não foi decidido. Se haverá 16 grupos com três equipes, 12 com quatro equipes, duas chaves diferentes... veremos. A decisão será tomada no ano que vem", pontuou. 

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