Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Tragédia pode atrasar empréstimo para conclusão das obras no Itaquerão

Venda do nome do estádio para empresa árabe também está ameaçada

Copa do Mundo 2014|

Acidente no Itaquerão: O empréstimo do BNDES para cobrir os custos da obra ainda não foi liberado e a negociação dos naming rights do estádiao também não foi concretizada
Acidente no Itaquerão: O empréstimo do BNDES para cobrir os custos da obra ainda não foi liberado e a negociação dos naming rights do estádiao também não foi concretizada Acidente no Itaquerão: O empréstimo do BNDES para cobrir os custos da obra ainda não foi liberado e a negociação dos naming rights do estádiao também não foi concretizada (EDUARDO VIANA/AFP)

Antes do trágico acidente ocorrido na última quarta-feira (27), quando dois operários morreram ao serem atingidos pela queda de um guindaste no Itaquerão, o estádio havia atingido 94% de conclusão das obras, mas o Corinthians ainda não desatou o nó da operação financeira que envolve este processo de construção do local que deverá ser o palco do jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014.

O empréstimo do BNDES para cobrir os custos da obra ainda não foi liberado e a negociação dos naming rights do Itaquerão também não foi concretizada. A tragédia pode atrasar a obtenção desses recursos, especialmente a venda do nome — um fundo árabe é o principal interessado e uma viagem a Abu Dabi já foi adiada.

Havia a expectativa de que nesta quinta-feira ou, no máximo, nos próximos dias o empréstimo do BNDES (de R$ 400 milhões) seria liberado, em uma transação que seria intermediada pela Caixa Econômica Federal. As assessorias da Caixa Econômica e do BNDES, procuradas pela reportagem, não se pronunciaram sobre a liberação do empréstimo - e não há previsão para que ele seja liberado nos próximos dias.

Funcionário diz que engenheiro de segurança vetou obra na Arena Corinthians

Publicidade

Defesa Civil aponta erro de procedimento

Jogadores postam mensagens de luto

Publicidade

O empréstimo faz parte da linha de financiamento Pro-Copa, que custeia estádios que serão usados no Mundial - o prazo para liberação dos empréstimos termina em dezembro. O empréstimo já deveria ter sido aprovado. Como não foi, a Odebrecht custeou o estádio com recursos próprios e empréstimos bancários tomados no mercado financeiro, com juros maiores do que os da linha de financiamento do BNDES. Esse foi o principal motivo para o custo original da obra, estimado em R$ 820 milhões, ter sido reajustado para pelo menos R$ 900 milhões.

O Corinthians diz que o empréstimo está "muito próximo" de ser obtido, mas o dinheiro só deverá ser liberado em janeiro, em parcela única, e será repassado para a Odebrecht.

Publicidade

Naming Rights com os árabes

O ex-presidente corintiano Andrés Sanchez viajaria nesta semana a Abu Dabi para negociar os naming rights com um fundo árabe, mas a viagem havia sido adiada antes do acidente. O encontro teve de ser remarcado porque um dos xeques que participam do negócio foi ao Japão e teve de cancelar a reunião que contaria com a presença de Andrés, dos advogados do clube e do fundo de investimento. Até agora não há data para novo encontro, embora houvesse a chance de ele ocorrer na próxima segunda-feira. Com o acidente, pode haver novo adiamento.

Os representantes do fundo árabe ficaram sabendo do acidente pouco depois da tragédia. A princípio, não cogitaram colocar fim ao negócio, embora tenham se preocupado com o prazo de entrega do estádio.

Clima era de pressão, revela operário

Depois que o Corinthians e a Odebrecht resolverem os problemas causados pelo acidente, as conversas serão retomadas. Há algumas divergências quanto à venda do nome do Itaquerão, como o tempo de duração do contrato (15 ou 20 anos) e a forma de pagamento.

Duas empresas aéreas podem batizar o estádio: a Emirates e a Etihad. A favorita é a Emirates, mas Andrés Sanchez se reuniria com as duas, ambas representadas pelo fundo de investimento árabe, que tem como representante o advogado Edgar Ortiz, um conselheiro corintiano.

O preço está decidido: R$ 400 milhões serão pagos ao Corinthians. O que falta decidir é qual empresa batizará o Itaquerão. O clube gostaria de fechar a parceria por 15 anos, além de receber um valor (de luvas) na assinatura do contrato.

A ideia era inaugurar o estádio em dezembro, com o nome definido, mas o acidente vai atrasar a inauguração. O clube, no entanto, tem a certeza de que o estádio será usado na Copa.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.