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Opinião: atrasado como os estádios, movimento #NãoVaiTerCopa é hipócrita

Protestos deveriam ter acontecido em 2007, quando o Brasil foi eleito sede do Mundial

Copa do Mundo 2014|Do R7*

Brasileiros foram para as ruas protestar com sete anos de atraso
Brasileiros foram para as ruas protestar com sete anos de atraso Brasileiros foram para as ruas protestar com sete anos de atraso

A grande maioria da população brasileira que faz parte do movimento #NãoVaiTerCopa é hipócrita. Nota-se que é a grande maioria. Uma pequena parcela tem sua razão. Mas, me dirijo aos que festejaram e bateram no peito com orgulho, há sete anos, que o futebol estava voltando para casa e hoje gritam com toda a força que não haverá Copa.

Vai ter Copa. E o futebol vai ser jogado. Hoje, o protesto não adianta de nada. Quem sabe, poderiam surtir efeito lá no começo, quando o sonho — ou pesadelo — começou a ser idealizado, superfaturado.

Quando o Mundial ganhou o Brasil como palco, em 2007, o País ficou em festa. “A Copa do Mundo é nossa! Somos brasileiros, não há quem possa fazer futebol melhor do que a gente!”. À época, todo mundo abraçou o discurso do presidente. "O mundo terá a oportunidade de ver o que o povo brasileiro é capaz de fazer".

Em 2009, quando o Brasil conheceu as 12 cidades que receberiam jogos do torneio, mais festa. Os brasileiros foram às ruas para comemorar. Para mostrar o orgulho de ser sede da maior competição esportiva do mundo. Os anos passaram e, em 2013, a Copa do Mundo chegou ainda mais perto com a Copa das Confederações. E foi só aí que se deram conta que o Mundial não era nosso. Não chegaram os metrôs e aeroportos prometidos e nem as melhorias no transporte público. O "padrão Fifa" ficou do estádio para dentro, ou nem isso. O povo foi às ruas de novo, mas não teve festa, teve protesto. Agora, lhe pergunto: Os protestos, hoje, valem de alguma coisa?

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Os estádios estão aí. Os bilhões já foram gastos. E quem nos garante que se não fossem aplicados em “elefantes brancos”, seriam investidos em hospitais, escolas e segurança? A Fifa, que também virou alvo dos protestantes, não é flor que se cheire. Mas a entidade não impôs o evento ao Brasil. Foi o País que se candidatou para receber a “Copa das Copas”.

Sou contra o Mundial da forma como ele vem sendo construído e sou a favor dos protestos. O Brasil deve lutar pelos direitos do cidadão, da população. Mas no tempo certo. Hoje, acredito que os protestantes estão atrasados, assim como os estádios. Um atraso de sete anos.

*Guilherme Gomes é estagiário do R7 e não gosta de atrasos

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