Visual de Neymar mudou para o segundo jogo do Brasil na Copa
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Sabe aquele trânsito master ultra blaster que apareceu na TV depois do jogo? Pois eu tava lá. Cê viu? O Uno preto, isso!, eu mesma. Presa na multidão, colaborando pra entupir a cidade e fazer brotar o caos de cada cantinho dessa cidade linda e gentil que é São Paulo.
Corri feito uma vaca louca pra tentar chegar a tempo em casa e assistir ao jogo, mas, óbvio - você mesmo localizou meu carro do alto -, fiquei horas na 23 de Maio, no Minhocão, na Brasil, na Faria Lima, na puta que me pariu.
Não, não foi nada legal. Mas pelo menos me salvou de ver ao vivo e em cores o vexame do empate xoxo com o México.
Ah, sim, e me salvou também, e talvez seja esta a parte mais importante de todas, de dar de cara com o cabelo loiro do Neymar. Ele passou Koleston transformação e ficou a cara do Belo, gente.
Devia ir preso, aliás, igual ao pagodeiro. Tá, preso não, mas demitido, ao menos, e por justa causa - ganhar milhões praquilo? Se eu, que ganho uma miséria, faço uma só daquelas 14 cagadas que ele fez hoje, mas, nossa, tô na rua pelada e sem ingresso, com meu chefe rindo de mim e me tacando tomate.
Ouvi o jogão pelo rádio e quase que infarto na Marginal. Como narrador desses antigos é exagerado, meu, na hora pareceu que o Brasil teve 49 chances de gol desperdiçadas e, depois, quando reprisaram no VT, vi que foram só 48. Pô, precisa me assustar assim?
De qualquer maneira, se a seleção for no ritmo que vai, acho mesmo que vou me prender no trânsito todo dia de jogo, de propósito. Ficar com a emoção do fingimento do narrador de rádio, ao invés dos exageros do cara da televisão.
Não me importo que mintam pra mim, de coração. Me engana, senhor locutor, é disso que eu gosto.