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Manifestantes organizam campeonato para protestar contra a Copa do Mundo e o "padrão Fifa" em SP

Copa Rebelde de Movimentos Sociais atraiu centenas de jogadores amadores na Estação da Luz

Copa do Mundo 2014|lfcastro

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Mais um protesto contra as autoridades do futebol mundial tomou conta das ruas brasileiras neste domingo (15). Centenas de manifestantes se reuniram no espaço onde ficava a antiga Rodoviária da Luz, no centro de São Paulo (SP), para jogar futebol e protestar contra a elitização do esporte. Batizado como Copa Rebelde de Movimentos Sociais, o evento apresentou um contraponto à próxima Copa do Mundo e ao chamado "padrão Fifa"; veja fotos e entenda
Movimentos sociais de luta por moradia, indígenas, ambulantes organizados, Marcha da Maconha e Movimento Passe Livres se uniram aos Comitê Popular da Copa de São Paulo e marcaram presença na manifestação
O evento foi organizado pelas redes sociais e reuniu 32 equipes de futebol, mesmo número de seleções participantes da Copa do Mundo da Fifa. Os jogos aconteceram em um campo de terra e contaram com a presença de crianças e mulheres
Em seu site oficial, o movimento ressalta que pretende mostrar que o "futebol popular não morreu"
Confira um trecho do depoimento dos organizadores do protesto contra a Fifa e a realização da Copa do Mundo no Brasil. "Há mais de 100 anos, quando o futebol chegou ao Brasil, ele era praticado quase que exclusivamente pelas elites locais das grandes cidades brasileiras. Rapidamente, porém, o caráter democrático do jogo fez com que sua prática se espalhasse por todas as comunidades pobres do país. Dos pés de ex-escravos, caipiras, mestiços e analfabetos, trabalhadores em sua maioria, surgiu a escola brasileira de jogar futebol, eternizada na figura de Mané Garrincha. Nas arquibancadas, o povo também desenvolveu as suas culturas e as suas maneiras de torcer, de fazer a sua festa, de participar do esporte nacional"
O grupo completou o discurso alegando que o futebol se tornou um esporte de elite nos últimos anos.  "Hoje, a brutal transformação do futebol em negócio tem seu capítulo mais perverso na realização da Copa da Fifa de 2014. Trabalhadores, moradores e torcedores pobres, todos vem sendo sistemática e violentamente varridos pra fora do cenário. Mas o futebol popular não morreu: resiste em cada campo de várzea, em cada jogo na rua, em cada pelada, baba ou bate-bola nos espaços cada vez mais escassos para a prática popular do esporte, graças à especulação imobiliária e ao total descaso do poder público com a população pobre do país."
Crianças participaram do evento e jogaram descalças no campinho de terra na Luz
Os manifestantes levaram faixas e entoaram cantos contra a organização do Mundial
O evento teve início às 10h e apresentou também espetáculos de música e teatro. Durante a tarde, foram realizados debates sobre as consequências da organização da Copa do Brasil

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Mais um protesto contra as autoridades do futebol mundial tomou conta das ruas brasileiras neste domingo (15). Centenas de manifestantes se reuniram no espaço onde ficava a antiga Rodoviária da Luz, no centro de São Paulo (SP), para jogar futebol e protestar contra a elitização do esporte. Batizado como Copa Rebelde de Movimentos Sociais, o evento apresentou um contraponto à próxima Copa do Mundo e ao chamado "padrão Fifa"; veja fotos e entenda
Movimentos sociais de luta por moradia, indígenas, ambulantes organizados, Marcha da Maconha e Movimento Passe Livres se uniram aos Comitê Popular da Copa de São Paulo e marcaram presença na manifestação
O evento foi organizado pelas redes sociais e reuniu 32 equipes de futebol, mesmo número de seleções participantes da Copa do Mundo da Fifa. Os jogos aconteceram em um campo de terra e contaram com a presença de crianças e mulheres
Em seu site oficial, o movimento ressalta que pretende mostrar que o "futebol popular não morreu"
Confira um trecho do depoimento dos organizadores do protesto contra a Fifa e a realização da Copa do Mundo no Brasil. "Há mais de 100 anos, quando o futebol chegou ao Brasil, ele era praticado quase que exclusivamente pelas elites locais das grandes cidades brasileiras. Rapidamente, porém, o caráter democrático do jogo fez com que sua prática se espalhasse por todas as comunidades pobres do país. Dos pés de ex-escravos, caipiras, mestiços e analfabetos, trabalhadores em sua maioria, surgiu a escola brasileira de jogar futebol, eternizada na figura de Mané Garrincha. Nas arquibancadas, o povo também desenvolveu as suas culturas e as suas maneiras de torcer, de fazer a sua festa, de participar do esporte nacional"
O grupo completou o discurso alegando que o futebol se tornou um esporte de elite nos últimos anos.  "Hoje, a brutal transformação do futebol em negócio tem seu capítulo mais perverso na realização da Copa da Fifa de 2014. Trabalhadores, moradores e torcedores pobres, todos vem sendo sistemática e violentamente varridos pra fora do cenário. Mas o futebol popular não morreu: resiste em cada campo de várzea, em cada jogo na rua, em cada pelada, baba ou bate-bola nos espaços cada vez mais escassos para a prática popular do esporte, graças à especulação imobiliária e ao total descaso do poder público com a população pobre do país."
Crianças participaram do evento e jogaram descalças no campinho de terra na Luz
Os manifestantes levaram faixas e entoaram cantos contra a organização do Mundial
O evento teve início às 10h e apresentou também espetáculos de música e teatro. Durante a tarde, foram realizados debates sobre as consequências da organização da Copa do Brasil

Mais um protesto contra as autoridades do futebol mundial tomou conta das ruas brasileiras neste domingo (15). Centenas de manifestantes se reuniram no espaço onde ficava a antiga Rodoviária da Luz, no centro de São Paulo (SP), para jogar futebol e protestar contra a elitização do esporte. Batizado como Copa Rebelde de Movimentos Sociais, o evento apresentou um contraponto à próxima Copa do Mundo e ao chamado "padrão Fifa"; veja fotos e entenda

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