O futebol faz parte da vida de milhões de brasileiros. Mas qual é o limite na hora de homenagear o clube do coração? Torcedores apaixonados transformaram suas casas em sedes não-oficiais dos clubes.
O futebol este ano começa na Record TV, com transmissão dos Paulistão 2022, a partir de domingo (23) e do Cariocão 2022, na quarta-feira (26).
Jefferson, o Fessão, é dono do Fusca adaptado em homenagem ao Santos. O carro conhece bem o caminho dos estádios. O Fusca Alvinegro tem adesivos por todos os lados, autógrafos de jogadores, exaltação das conquistas e, claro, provocações aos rivais. Se pudesse, Jefferson iria de carro e tudo para morar na Vila Belmiro. Mas como não pode, o santista transformou a casa no "recanto alvinegro". Começando pela garagem. Tem gramado sintético preto no chão. O espaço de lazer também é alvinegro. E ele ainda coleciona mais de 500 camisetas do Santos.
Mas ele não é apenas um colecionador. Fessão criou um estúdio na garagem onde faz um programa para os santistas na internet. O fanático se tornou "famoso" e ganhou até um título de embaixador do clube.
“Nunca eu imaginei que estaria como embaixador, mas pra mim é muito bom poder ajudar a divulgar a marca Santos, reunir santistas, pra mim é muito gratificante”, diz.
Quem também trouxe um pouco do clube do coração para dentro de casa é Thiago, que mora na Paraíba. Torcedor fanático do Palmeiras, para ele é difícil acompanhar os jogos do clube no estádio. Mas o Thiago arrumou um jeito de se sentir dentro da arena palmeirense.
No vidro na frente da casa, está escudo do time. Na sala, o teto pintado de verde e branco. E um gramado sintético fica no meio da sala.
Vários itens de colecionador estão pela casa, além de objetos com o símbolo do clube, pôsteres, camisas e fotos com ídolos. Até o banheiro tem as cores do Verdão.
A família teve que se adaptar á paixão de Thiago Cavalcanti. A esposa dele, Mariana, diz que entende a paixão do marido. “Eu apoio ele em tudo, tudo que ele faz eu to sempre indo na onda também, indo nos jogos.”
Mas a grande homenagem ao time do coração está aqui. É um réplica do vestiário do Palmeiras que Thiago começou a construir há oito anos.
No Rio de Janeiro, outro imóvel que não engana. Se do lado de fora é tudo vermelho e preto, do lado de dentro não é diferente: tudo é do Flamengo. São copos, faixas de campeão, quadros, bonés e fotos dos ídolos. Parece até uma loja. Mas nada está à venda.
A casa é de Dona Zica, uma apaixonada pelo Flamengo. “Fui juntando, fui colecionando, tudo aqui é histórico. Não sou só de boca não. Tem derrota, vitoria, tristeza, alegria.”
De todos os itens do Flamengo na sala de estar da Dona Zica dois são muitos especiais e ela guarda com muito carinho. Um deles é a foto da Dona Matilda, mãe do Zico que acolheu a Dona Zica quando ela era adolescente. E os outros são os ingressos que ela guarda com muito carinho porque são as memorias que ela viveu como Flamengo no Maracanã.
“Essa pessoa que eu estou aqui sinto muita saudade dela. Me deu muito conselho, me deu muito amor nos piores momentos que eu passei na vida. Então eu tenho essa foto com uma gratidão, guardo sempre comigo. E esses ingressos que foi as minhas aventura no maracanã”
Dona Matilda, mãe de Arthur Antunes Coimbra, o Zico, maior ídolo da história do flamengo, resgatou uma menina que dormia na porta da casa deles em Quintino, Zona Norte do Ro. História que não sai do coração da torcedora e nem do ídolo.
“Minha mãe abraçou ela e ficou uma grande companhia para ela”, destaca Zico. “A gente fica feliz de ver a situação que ela se encontrou vovó, e é uma querida de todos nós da família.”
Para Dona Zica, o Flamengo é muito mais que um clube. É um amor de família. “Eu não vou abandonar o Flamengo nunca”, afirma.
A Dona Zica tem uma coleção e tanto do flamengo, mas o botafoguense Glaydson Rodrigues também tem uma coleção de respeito . Ele apaixonado pelo Botafogo e tem mais de 800 camisas do clube. Ele diz que ainda não está satisfeito. Quer chegar a mil camisas. Já fez muitas loucuras para completar a coleção.
“Já deixei de pagar parcela do carro pra comprar uma camisa, minha familia fala que sou louco total.”
*Com colaboração de Eusir Bastos, Elias Novelino, Ana Maria Pires e Fernando Correia
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