Joel Santana foi campeão em todos os times grandes do Rio
Divulgação/BotafogoPoucas pessoas entendem tanto de Campeonato Carioca como Joel Santana. O icônico treinador, campeão estadual com os quatro grandes clubes do estado, já passou por quase tudo dentro do torneio. Não à toa, é chamado de Rei do Rio.
"É um orgulho muito grande. Eu, que sou carioca da gema, ter passado nos quatro grandes do Rio mais de uma vez, além de América e Olaria. Isso é a história de uma pessoa que tem raízes cariocas. Eu sou daquele Rio antigo e aquele Rio romântico, por isso que a gente dá mais valor", disse ele, em entrevista à Record TV.
Aos 72 anos e, como ele mesmo se descreve, "ainda on", o técnico não vê segredo em formar times vencedores. Para ele, o mais importante é saber se relacionar com os atletas: "Você tem que chegar nos jogadores e mostrar pra eles que nós estamos em uma cidade grande como o Rio de Janeiro, que pode te levar do céu ao inferno ao mesmo tempo, e eu sempre fui muito leal, muito honesto. Tanto é que foram os jogadores que me deram o apelido de Papai Joel."
Oito vezes campeão carioca, Joel não escolhe um título preferido. "Se eu for falar de todos, foram histórias diferentes, momentos diferentes. Eu fui campeão pelo Botafogo com o Loco Abreu dando aquela cavadinha maluca que até hoje me palpita o coração quando lembro. No Fluminense, ganhamos o título em 95, quando o Flamengo era favorito. Botafogo e Vasco estavam com times mais fortes e nós fomos campeões com aquele gol de barriga do Renato."
O título de 95, aliás, foi vencido justamente em uma final igual à de 2021. Segundo o treinador, existem algumas semelhanças com a decisão atual. "O Flamengo, naquela época, tinha o time dos sonhos e nós fizemos um time montado praticamente com um jogador em cada local. O Ronald era do Americano, Renato do Atlético-MG, Airton veio do Japão, Sorlei estava no Coritiba e nós formamos um time. E conquistamos o campeonato no momento que quase saímos, quase não classificamos. E nós tivemos força o suficiente para jogar com o Flamengo de igual para igual. O Maracanã, pra quem se lembra, tinha praticamente 80% de torcida deles. Fizemos 2 a 0 e os caras foram querer rebolar, o Flamengo empatou e no final saiu aquele gol histórico", recorda.
Apesar da lembrança, Joel não acredita em favoritismo de um lado ou de outro neste sábado. E, na expectativa para o jogo na Record TV, sequer torcerá para alguém: "Eu já estou preparado e com as duas camisas, uma do lado da outra, não tenho preferência. A minha preferência é aquele que jogar melhor e que faça um jogo honesto. Vai ser bom para o futebol carioca", concluiu.
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