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Bairro mais verde da cidade de São Paulo, Pompeia vira uma 'Meca' palmeirense

No ano passado, até o poder público se rendeu. A rua do estádio agora se chama Palestra Itália

Futebol|

Ruas próximas ao Allianz Parque já são alviverdes
Ruas próximas ao Allianz Parque já são alviverdes Ruas próximas ao Allianz Parque já são alviverdes

Rua mudou de nome, casas trocaram de cor, tem torcedores no estádio em dia sem jogo, camisas de futebol por vários lados e há decoração nova nas janelas dos prédios. O Palmeiras é como um ímã fortíssimo, capaz de atrair as diferentes formas de paixões para os arredores da nova arena, na zona oeste de São Paulo. A Pompeia tem ficado cada vez mais verde, movida pela força da campanha do time no Campeonato Brasileiro.

O bairro mais palmeirense da capital paulista é quase uma Meca para os torcedores do clube. Andar pelas ruas da região e olhar o estádio Allianz Parque é uma peregrinação obrigatória no manual alviverde. Não importa se o time estará em campo naquele dia. "Trouxe meu filho para visitar a arena. Não conseguimos vir em nenhum jogo, mas ele nem dormiu de tanta ansiedade. Até faltou na escola", disse Marcelo Carvalho, de 33 anos, pai de Luiz Henrique, de 10. Os dois saíram da zona leste só para vivenciar os ares palmeirenses.

É impossível a qualquer palmeirense se sentir só no bairro. Sempre terá alguém com a camisa do clube na calçada ou uma bandeira pendurada na janela. As transformações também são de fachada: a Pompeia está literalmente mais verde.

Desde setembro, quase todas as casas do quarteirão da rua Caraíbas mais próximo do Allianz Parque estão da cor do Palmeiras. A ação foi idealizada, bancada e promovida por torcedores da organizada Mancha Alviverde. O jornal O Estado de S.Paulo apurou que foram investidos cerca de R$ 4 mil com tintas - mutirões garantiram a mão de obra.

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Já na frente da arena, no ano passado até o poder público se rendeu. A rua agora se chama Palestra Itália. Atraída por esse ambiente, a vendedora Ana Paula Moura, de 39 anos, aproveitou a folga no trabalho para sair de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, e ir à região. O motivo era especial: fazer uma tatuagem no pulso direito com homenagem ao Palmeiras: um porco pintado de verde. "Venho para a Pompeia porque tem Palmeiras em tudo. Eu até parei de fumar há duas semanas, como promessa pelo título", contou ela, que vestia a faixa de campeão e mostrou o desenho recente ainda protegido pelo plástico.

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Os adereços comemorativos pela possível conquista estão à venda com os ambulantes. Nos imóveis pintados de verde e branco já há espaços reservados para guardar as relíquias do Brasileirão de 2016. No bar Alviverde, na frente do Allianz Parque, a parede tem uma galeria de fotos de todos os outros títulos. Há uma lacuna no local, reservada para a nova conquista.

"Eu trabalho aqui há 15 anos. A euforia no bairro está enorme. Em dia de jogo, chegamos a receber umas 2 mil pessoas. Temos que abrir às 6 horas da manhã e chamar mais funcionários para ajudar", contou o gerente do local, Djalma Dias. A preocupação dele era encorpar o estoque de cervejas para este domingo. Caso o título se confirme, o bar e nem o bairro serão suficientes para o tamanho da festa da torcida.

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URBANISMO - Urbanistas elogiam a maneira como o espaço público vem sendo ocupado pela torcida alviverde na Pompeia. "A concentração de pessoas na rua é um ganho. Estamos vendo a população usando o espaço que lhe pertence. Foi um gol de placa fazer uma arena em um local privilegiado", comentou o (corintiano) arquiteto e urbanista Lúcio Gomes Machado, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo.

Ele acredita que outros pontos do bairro poderiam aproveitar a fase. "Era a hora de lugares um tanto ociosos também se transformarem em coisas mais bem definidas. São oportunidades que não podem ser desperdiçadas", explicou. "A arena está no filé da cidade. É a melhor de todas e tem sentido hoje de equipamento urbano para a enorme maioria das pessoas", comentou. "Só acho que a Prefeitura deveria ter exigido contrapartidas melhores quanto a acesso e estacionamento. Resolveria melhor a relação com o entorno".

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