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A torcida organizada Geral, do Grêmio, que teve vários representantes envolvidos no escândalo de racismo contra o goleiro Aranha, do Santos, tem se caracterizado pela violência e acordos de bastidores com dirigentes do clube
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Inicialmente criada com o intuito de representar o espírito festivo gaúcho, a Geral sempre contou com a simpatia de personalidades do Estado, como o técnico Felipão, visto em foto publicada no último dia 19 no Facebook
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Em matéria da revista Placar, deste mês de outubro, um ex-membro da torcida revelou encontros de diretores do Grêmio com membros da Organizada, em 2005, para fazer negócios
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De acordo com o depoimento, em troca de ingressos, a Geral cedia os seus direitos de imagem para o então presidente do clube, Paulo Odone, que atualmente é deputado estadual pelo PPS e candidato à reeleição
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A ação da torcida é inspirada na temida La Doce, do Boca Juniors, que costuma usar de ameaças, chantagens, até mesmo contra jogadores, e envolvimento no crime organizado como forma de manter sua influência no clube
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Os encontros com os dirigentes ocorriam em frente ao Bar Preliminar e, entre os acordos, o clube bancava viagens de avião para os torcedores acompanharem jogos do Grêmio
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A torcida passava a impressão de se concentrar no apoio à equipe, mas, com o tempo, o objetivo de partilhar o poder no clube começou a ficar claro, com a pretensão de colocar representantes no Conselho, nas diretorias e até no cargo de presidente do clube, em plano traçado em 2010, durante reunião regada a álcool
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E a torcida atingiu parte de sua meta, elegendo conselheiros, que chegaram ao número de 17 (entre 300 conselheiros) nas últimas eleições, realizadas em 2013
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Enquanto isso, durante sua ascensão ao poder, a torcida recebeu benefícios de cerca de R$ 40 mil mensais. Entre o início de 2011 e o fim de 2012, segundo informações do jornal Zero Hora, o ex-presidente Odone destinou R$ 1,1 milhão às organizadas gremistas, sendo que 85% do valor foi para a Geral
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O atual braço direito do presidente da Geral, Rodrigo Rysdyk, o Alemão, tornou-se o principal líder da torcida após a morte de Cristiano Roballo Brum, o Zóio, em um acidente de moto, em março último, ocorrido na cidade de Campinas (SP)
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Alemão, que depôs na polícia a respeito das ofensas ao goleiro Aranha, feitas no dia 28 de agosto, está proibido, desde o último dia 23, de entrar nos jogos do Grêmio na Arena, por ter ameaçado outro torcedor.
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No caso dos xingamentos a Aranha, além da torcedora Patrícia Moreira, que não faz parte da organizada, outras três pessoas foram denunciadas na Justiça por injúrias raciais. A pena poderá ser de um a três anos de reclusão. Os denunciados são: Éder de Quadros Braga, Rodrigo Machado Rychter e Fernando Moreira Ascal, todos membros da Geral
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A própria Geral, que insistia em repetir o termo "macaco" durante os cânticos, em referência ao rival Inter, também está suspensa pela atual direção do Grêmio. O atual presidente Fábio Koff também proibiu a torcida de usar a marca do clube
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A torcida, no Facebook, declara que irá acatar a decisão dos dirigentes gremistas, mas ainda mantém poder no Conselho. Vários sócios da Geral estão na chapa do Movimento Grêmio Independente, cujo candidato, Homero Bellini Júnior irá concorrer à presidência nas próximas eleições
Luciano Leon/Gazeta Press
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Bellini afirmou que o apoio anterior foi pontual, voltada à última eleição. Assim como em 2005, há mais de nove anos, quando o Grêmio precisava do apoio da torcida para sair da Série B, e aceitou várias exigências. De apoio em apoio que a torcida recebe, o ex-integrante anônimo alerta à Placar.
— A passos largos, apesar de ter se queimado bastante nos últimos meses, está caminhando para isso (a presidência)
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