Uliana Semionov se destacava em quadra com 2,13 m
Reprodução/YoutubeUliana Semionov foi um dos principais nomes da história do basquete feminino. Nascida na Lituânia, a atleta dominou as quadras nas décadas de 1970 e 1980. A grande vantagem sempre foi sua altura, já que era soberana com seus 2,13 m, 115 kg e calçado número 58.
No entanto, a altura que sempre foi a grande aliada de Semionov, agora é a principal responsável por ela não conseguir praticamente mais parar em pé aos 62 anos.
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Ainda na infância, a ex-jogadora descobriu que sofria de acromegalia, uma doença provocada pelo excesso de um hormônio de crescimento. Aos 13 anos, Semionov já tinha 1,80 m, o que era um assombro para as outras meninas da mesma idade.
A condição fez com que ela sentisse muitas dores a vida toda. Com o passar dos anos, a situação se agravou. De acordo com registros do diário espanhol ABC, a lituana mal consegue se manter em pé e precisa da ajuda de muletas, além de também sofrer de diabetes.
A condição financeira agrava ainda mais a situação de Semionov. Mesmo com todo o sucesso, a ex-jogadora nunca conseguiu acumular uma fortuna, já que grande parte dos seus rendimentos ficava com a União Soviética.
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Mesmo nos tempos áureos, a gigante embolsava apenas US$ 400 por mês, o que fazia com que ela precisasse da ajuda das companheiras, que acabam pagando jantares ou outras saídas, para que o baixo salário dela fosse suficiente para os gastos pessoais.
Agora, para dar continuidade ao tratamento e passar por cirurgia, Semionov contou com ajuda de uma doação da FIBA (Federação Internacional de Basquete), que organizou uma partida beneficente para arrecadar dinheiro.
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Aposentada das quadras desde 1989, Semionov tem um currículo de causar inveja a qualquer atleta. Bicampeã olímpica (Montreal-1976 e Moscou-1980), tricampeã mundial e dona de dez títulos do Campeonato Europeu, a ex-jogadora foi a primeira atleta não norte-americana a entrar no Hall da Fama da FIBA.
Nos Jogos Olímpicos de Montreal de 1976, a pivô alcançou a incrível média de 20 pontos e 13 rebotes. Na final, contra os Estados Unidos, a jogadora da Lituânia anotou 32 pontos e 19 rebotes em 23 minutos em quadra.
Porém, talvez o recorde mais impressionante de Semionov seja a sua invencibilidade com a seleção da União Soviética, foram 18 anos invicta, a única derrota aconteceu para os EUA em 1986.