27 de Maio de 2016
Bronze no Pan de Guadalajara, Daniel Paiola já começa a ter resultados com a iniciativa
O discurso é sempre o mesmo: só se pensa em futebol no Brasil, enquanto atletas de outras modalidades possuem pouco ou nenhum apoio para brilhar. A frase não deixa de ser verdadeira, mas enquanto muitos permanecem apenas choramingando, há que trabalhe duro para tentar reverter a situação e, ao menos, fazer seu trabalho ser divulgado.
Atualmente o caso mais emblemático do país é o de Daniel Paiola. Talvez você nunca tenha ouvido falar dele ou apenas se lembre vagamente do rapaz que fez história em Guadalajara 2011 ao levar a medalha de bronze, a primeira individual do badminton brasileiro na história dos Jogos Pan-Americanos. Ciente do fato de ter escolhido um esporte pequeno no país, ele aposta fortemente no marketing para aparecer.
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O site de Paiola (www.danielpaiola.com) é um dos mais completos do esporte olímpico brasileiro, com notícias atualizadas, vídeos, fotos e até venda de camiseta comemorativa ao bom resultado no México. Quem cuida de tudo é o irmão mais velho de Daniel, Ettore, e o primo de ambos, Tomaz.
Com senso de planejamento, oportunidade e vontade, eles já começam a ter resultados, garante Ettore:
- Não é porque o esporte é pequeno no Brasil que precisamos tratá-lo como pequeno. Fazemos tudo com profissionalismo e já colhemos alguns frutos legais, como o retorno de crianças praticantes no Nordeste, gente que nós nem imaginávamos. Construímos a marca Daniel Paiola e ainda queremos fazer muita coisa.
Criado em maio, o site teve seu pico durante o Pan, com cerca de 600 acessos diários, mas atualmente consegue manter uma média de 200 quando Paiola está disputando alguma competição. A pré-venda das camisetas conseguiu comercializar 20 unidades a R$ 69,90 cada, valor suficiente para que se fossem pagos os custos de produção, feita na confecção de um amigo:
- A ideia era mostrar força para o pessoal, mostrar que a gente consegue retorno. Isso trazer uma certa credibilidade. (A camiseta) é uma coisa simples, não era para ganhar dinheiro, só para se pagar e fazer uma farra mesmo. Colocamos em pré-venda no tempo que elas estavam sendo produzidas e para não deixarmos passar o momento do Pan e vendemos um terço do que produzimos. Se não vendermos tudo, vamos fazer sorteios, promoções. É uma forma de atrair atenção.
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De acordo com Ettore, até estrangeiros se interessaram pela camiseta, que serão levadas e vendidas na próxima viagem de Daniel para o exterior. O trio também fez um cálculo do preço do tempo de mídia que o atleta conseguiu desde então e chegaram ao valor de R$ 6 milhões. Com treinos e viagens bancados pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e pela Confederação da modalidade, Daniel contabiliza outros bons resultados:
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