Depois que passar a ressaca dos 7 a 1 aplicados pela Alemanha na semifinal da Copa do Mundo, o futebol brasileiro pode se inspirar na seleção de vôlei para se recuperar do trauma. Tricampeã mundial e finalista nas últimas duas Olimpíadas, a equipe também viveu momentos muito ruins este ano, mas se recuperou e na próxima semana disputa as finais da Liga Mundial em busca de seu décimo título da competição
Sergio Barzaghi/Gazeta Press
Um mês atrás, o grupo comandado pelo técnico Bernardinho acumulava quatro derrotas em seis jogos em casa e via a classificação para a fase final da Liga cada vez mais distante. Até contra seleções pouco tradicionais, como o Irã, a seleção tomou um 3 a 0 inesquecível jogando em pleno ginásio do Ibirapuera
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Nada parecia dar certo: o saque não entrava, a recepção era ruim, a defesa não chegava na bola e os ataques não caíam no chão. Apesar de estar em um grupo onde três dos quatro times avançavam, o Brasil jogava tão mal que só vitórias aliadas a uma combinação de resultados evitaria o pior resultado em todas suas participações na Liga Mundial
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O time se focou nos treinos e no estudo dos adversários, mas mesmo assim os primeiros jogos brasileiros no exterior foram instáveis: duas vitórias e duas derrotas contra Irã e Polônia. Porém, a sorte ajudou: a combinação de resultados necessária saiu e os brasileiros chegaram às duas partidas decisivas dependendo apenas de duas vitórias por 3 a 0 ou 3 a 1 sobre a Itália
Divulgação/FIVB
Para dificultar a tarefa brasileira, os italianos - mesmo já classificados - colocaram em quadra seu time titular, que até então estava invicto. Foi aí que a equipe de Bernardinho brilhou: em suas melhores atuações no ano, ignorou o fato de jogar no país adversário e impôs dois placares de 3 sets a 1, garantindo um lugar no grupo de seis equipes que lutarão pelo título
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Considerado um dos melhores valores da nova geração do vôlei brasileiro, o ponteiro Ricardo Lucarelli foi o destaque desta retomada. Quinto maior pontuador da competição, ele tem sido o maior desafogo do ataque brasileiro, além de contribuir no sistema defensivo, que também apresentou grande evolução sob o comando do líbero Mario Jr.
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Com o passe funcionando, o Brasil também conseguiu uma maior variação de jogadas, permitindo a jogadores como o central Lucão fazerem estragos nos adversários
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A fase final da Liga Mundial terá início na próxima semana, em Florença (Itália). Na busca por uma vaga nas semifinais, o Brasil encara a Rússia no dia 17 e o Irã no dia 18, sempre às 12h30 (horário de Brasília). Destas três seleções duas avançam. O outro lado da chave conta com Itália, EUA e mais uma equipe que será definida no fim de semana