Ricardo Machado classificou como 'irresponsáveis e levianas' acusações da ABE
Rafael Bello/Divulgação/COBA CBE (Confederação Brasileira de Esgrima) se defendeu nesta terça-feira (16) das suspeitas de fraude e desvios de verba na entidade. O presidente Ricardo Machado tratou as denúncias levantadas pela ABE (Associação Brasileira de Esgrimistas) como “irresponsáveis e levianas”.
Depois da reportagem publicada pelo R7, Machado, candidato à vice-presidência do COB (Comitê Olímpico do Brasil), disse que foi “compelido a me manifestar em nome da CBE dada à gravidade do tema”.
“É notório, o interesse dessa entidade [ABE] é buscar o escândalo, sem medir qualquer consequência”, disse Machado, que também assinou um ofício encaminhado às federações estaduais, Comissão de Atletas e demais praticantes do esporte no País.
Para a ABE, já estão demonstradas as fraudes e desvios de verbas públicas durante as gestões do ex e do atual presidente Gerli dos Santos e Ricardo Machado respectivamente.
O documento da opositora é embasado em um acórdão do TCU (Tribunal de Contas da União), um relatório da CGU (Controladoria Geral da União) e dois pareceres do Ministério do Esporte, que apontam para um desvio total de R$ 2.413.433,52 de sua finalidade legal.
A CBE diz que as contas foram aprovadas pelo COB, restando “algumas poucas prestações de contas de projetos ainda de 2015”, que estão em processo de reanálise. Sobre os dois convênios firmados junto ao Ministério do Esporte “não há qualquer condenação, determinação de devolução de recursos, tampouco acusação de ‘gestão fraudulenta’”. O procedimento administrativa está sob análise da pasta.
“Tais publicações dessa entidade possuem evidente finalidade de denegrir a imagem da CBE, do anterior presidente e a minha própria, pois coincidem com o momento em que o meu nome está sendo ventilado pela mídia como um futuro candidato à vice-presidência do Comitê Olímpico do Brasil", escreveu Machado.
A eleição no COB está marcada para março e faz parte de uma estratégia para limpar a imagem da entidade frente ao COI (Comitê Olímpico Internacional), depois da prisão do ex-presidente Carlos Arthur Nuzman, em outubro do ano passado.