26
mar
às 15:50
Por Rodrigo Vianna
Entrevista com Bia e Branca Feres, as musas do esporte olímpico brasileiro
Rodrigo Vianna: A preparação para essa apresentação. Quem vê de fora é como um balé e como um teatro.
Bia Feres: É um teatro e a nossa coreografia, que é a rotina técnica, o tema é a fábrica de brinquedo, então é caras e bocas do início ao fim. É superdivertido de fazer e de assistir.
Rodrigo: Tem a parte atlética também.
Branca Feres: Ah, com certeza, principalmente nesta rotina, que a gente investiu bastante no artístico, porque por ser uma rotina técnica normalmente essa competição é mais chata. E a nossa não, é muito legal e técnica. A gente mostra os elementos obrigatórios, que todos os países fazem, aí o juiz avalia. E a nossa parte é muito legal também. Então o juiz vê um artístico bom e um técnico também. Então vai ser muito bom para a gente. Acho que vai ajudar bastante.
Rodrigo: Vocês são confundidas pela técnica também?
Bia: Ah, somos. Mas ela até sabe de cabeça para baixo pelo dedão do pé, ela consegue ver quem é a Bia e quem é a Branca. Mas às vezes se confunde.
Rodrigo: Uma leva bronca no lugar da outra.
Branca: Ah, isso acontece sempre.
Rodrigo: Espero que aqui não venha a bronca, venha a medalha.
Bia: Ah, com certeza, se deus quiser, o Brasil vai trazer o ouro.
Entrevista com Naiara e Lara, finalistas olímpicas em Pequim, em 2008
Rodrigo Vianna: Chamou a atenção da gente aqui a música que vocês escolheram: moderna, uma batida até forte, né?
Lara Teixeira: Muito boa, a gente se empolga muito dentro d’água. A gente foi num show do Funk Como Le Gusta lá em São Paulo e a gente ficou assim, pô, vamos tentar fazer uma música assim na água. E eles deram a música para a gente. É um funk moderno e a gente se anima muito na água. É bem legal.
Rodrigo: Vocês têm uma parte atlética e artística, e também até o teatro?
Naiara Figueira: Tem uma pontuação para a parte artística também. Então a gente tem que investir no que o público gosta, no que os juízes vão gostar. A gente escolheu essa música porque é muito animada, a gente se sente muito bem dentro da água. Com isso a gente tenta passar para o público que a gente está bem lá, que a gente está se divertindo, para que eles se divirtam também.
Rodrigo: Uma dúvida que muita gente tem: quando vocês se apresentam, tem um coquezinho. Como é que o cabelo não solta dentro da água com tanto movimento?
Lara: A gente põe uma gelatina incolor e sem sabor, uma hora antes que fica grossa, dura. E aí só sai com água muito quente.
Rodrigo: Essa gelatina é de comer mesmo?
Lara: Isso, gelatina de comer, incolor e sem sabor. A gente põe no cabelo. Fica bem duro, bem grudado e aí não sai na água.
Rodrigo: Demora uns três dias para sair?
Lara: É, mais ou menos. Joga água bem quente que sai.
Rodrigo: Tem maquiagem dentro da água?
Naiara: Sim, tem maquiagem também. A gente faz uma maquiagem bem forte, para se ver de longe. Então a gente pinta os olhos bastante. Coloca blush, bem forte, vermelho, bastante. É toda uma produção.
Rodrigo: As meninas adoram, não é?
Naiara: É, ficam olhando, ficam loucas: “A gente quer ficar que nem vocês”.
Rodrigo: Vocês têm um bom retrospecto: finalistas do Mundial e medalha no Pan, não é isso?
Lara: É isso aí. A gente está com toda a força este ano, treinando muito para chegar aqui no Sul-Americano. É que nem uma Copa América no futebol. Então a gente quer ganhar um ouro aqui também.
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